Uma mulher de 51 anos, acionou a Polícia Militar em Poços de Caldas na última sexta-feira,20, para registrar um boletim de ocorrência de difamação contra um vereador.
O jornalismo da Onda Poços teve acesso ao registro nesta quarta-feira,25. Segundo o boletim de ocorrência, a auxiliar de serviços gerais relatou que estava na votação que aconteceria na Câmara Municipal e antes da entrada das pessoas para o plenário, quando as portas ainda estavam fechadas, ao abrir a porta, ela disse que o vereador Diney Lenon teria dito “Eu sou vereador e você não trabalha vagabunda”. Ainda segundo o registro policial, a ação foi presenciada por uma servidora pública de 60 anos.
O corregedor Marcelo Heitor disse ao jornalismo da Onda Poços que, tem acompanhado o que tem acontecido na Câmara nos últimos tempos. “O vereador Diney já sofreu uma primeira punição por parte da corregedoria que foi ao plenário, foi votado e inclusive essa denúncia que ele teve na época com relação ao prefeito, confirmada pelo Ministério Público, onde fizeram um acordo após a votação no plenário. Posteriormente, outra denúncia que já está em análise, deve ir ao plenário na próxima semana ou na outra, com relação a outro episódio envolvendo um cidadão e o vereador Diney. Agora tivemos essa outra situação, que já estou a par do boletim de ocorrência, onde a cidadã afirma que o vereador tinha chamado ela de vagabunda. Tivemos não só esta situação que estou apurando, mas também uma possível incitação por parte do vereador a uma invasão dentro da Câmara, na qual requeri as gravações internas e externas da câmara e a partir de hoje vou começar a analisar as imagens”, disse.
O corregedor também informou que apura uma situação envolvendo o vereador Roberto dos Santos, porém ainda não foi protocolada oficialmente a representação com o teor.
O que diz o vereador Diney Lenon
Na noite desta sexta-feira,10 de novembro de 2023,o jornalismo da Onda Poços foi procurado pelo escritório de advocacia que representa o vereador Diney Lenon. O vereador registrou boletim de ocorrência de calúnia e difamação contra a mulher que o acusou de tê-la xingado antes da sessão extraordinária realizada na sexta-feira,20 de outubro. O registro também incluiu a testemunha que alegou ter ouvido o vereador xingar a mulher. No registro policial, Diney contou que desconhecia as denúncias e que não dirigiu nenhuma palavra para a mulher e que não teria nada a esconder sobre o assunto. O vereador disse que se realmente tivesse ocorrido o fato, a mulher poderia ter cientificado o presidente da Câmara e o corregedor para tomar as providências, reafirmando que o fato relatado pelas autoras da acusação não existiu. Ainda conforme relato do vereador, com a repercussão do caso e devido ao seu cargo público, suas ações tem sido questionadas e causando transtornos a sua honra e sua imagem.
Conforme o documento enviado pelo escritório de advocacia, as duas servidoras pertencem a atual diretoria do Sindserv e que há divergências que são conhecidas entre a condução dos trabalhos e luta sindical feita pelo sindicato. Fatos que não descaracterizam o trabalho feito pelo vereador enquanto servidor público.
Diney relatou que no dia 20, já havia fila no local desde meio-dia. O vereador tinha reunião marcada em seu gabinete com algumas pessoas entre 13h00 e 13h30 para tratar de assuntos que não poderiam ser tratados do lado de fora. Quando o vereador solicitou a entrada no local, a mulher que o acusou se manifestou alegando que estava furando fila. Ainda segundo o documento, o vereador se justificou para o funcionário que realizava o controle da entrada e que o motivo da reunião era breve e que a saída seria rápida o que aconteceu pouco depois.
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