Vestida de preto e usando coturnos, a mineira Jéssica de Oliveira, 36 anos, trocou alianças com o bombeiro Jean Georges Hallal Junior, 39, que estava de kilt, durante o Wacken Open Air, na Alemanha — o maior festival de heavy metal do planeta. A cerimônia inusitada ocorreu no dia 30 de julho, mesmo dia em que a união civil foi registrada por procuração em um cartório de Poços de Caldas, cidade onde o casal mora.
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Ao som de “Love You To Death”, da banda Type O Negative, e de uma versão instrumental de “Nothing Else Matters”, interpretada pela banda Apocalyptica, os noivos selaram o compromisso cercados por amigos e outros frequentadores do festival, muitos deles vestidos com camisetas de bandas de metal.
A ideia inicial era simples: uma troca de alianças simbólica durante o evento. No entanto, tudo mudou quando Jean compartilhou a intenção no grupo da Embaixada Brasileira no Wacken — coletivo que reúne fãs brasileiros do festival. Os integrantes se mobilizaram e acabaram organizando uma cerimônia completa, surpreendendo o casal.
“Pensamos em algo só nosso, bem íntimo. Mas quando o Jean comentou no grupo, o pessoal foi tomando a frente e montou tudo. Ficou muito bonito”, relatou Jéssica, emocionada.
O casamento, que aconteceu em meio às tendas e barracas do camping do festival, deve ser retratado em um documentário sobre a participação brasileira no Wacken, produzido pela plataforma de streaming Thunderflix, especializada em heavy metal.
Este ano, o Wacken Open Air recebeu cerca de 90 mil pessoas durante cinco dias, na pequena cidade de Wacken, no norte da Alemanha, que tem cerca de 3 mil habitantes. O evento contou com mais de 200 bandas e foi o cenário perfeito para a celebração da história de amor de Jéssica e Jean.
O casal se conheceu há seis anos em um aplicativo de relacionamento. Desde o início, a música pesada fez parte da conexão entre eles. “A primeira coisa que me chamou atenção foi uma foto do Jean com uma camiseta do Blind Guardian, a banda favorita dele. No nosso terceiro encontro, fomos a um show do Slayer. Ele até mencionou isso nos votos”, contou a noiva.
Headbanger desde a adolescência, Jéssica sempre sonhou em ir ao Wacken. Jean, que já havia participado do festival em 2019, foi o incentivo que faltava. A data do evento acabou sendo o ponto central da lua de mel pela Europa — e também do casamento.
Pouco depois de começarem a namorar, os dois passaram a viver juntos, mas faltava a oficialização. “Nunca imaginamos uma festa tradicional. Queríamos algo com a nossa cara. Então resolvemos casar no cartório no Brasil e aproveitar a viagem para fazer uma cerimônia no festival”, explicou Jéssica.
Mesmo com os desafios logísticos, como se maquiar em uma barraca e se preparar em apenas 30 minutos, Jéssica afirmou que tudo saiu como sonhava. “Foi difícil, mas muito emocionante. Não achei que seria tão bonito, tão bem organizado e com tanta gente envolvida. Foi perfeito.”
Com informações do G1 Sul de Minas
