Em evento sobre abertura do Processo de Tombamento dos Lagos de Furnas e Peixoto, realizada em Capitólio (MG), o governador Romeu Zema (Novo) afirmou na manhã desta quarta-feira (22) que regiões de Minas Gerais podem ter o desabastecimento de energia elétrica a qualquer momento. Com a falta de chuvas, o estado pode entrar numa crise energética.
“Nós estamos vivendo um momento de escassez de chuvas, consequentemente uma crise hídrica que está desdobrando para se tornar uma crise energética. Tenho acompanhado muito de perto a situação, a qualquer momento nós corremos risco de ter algumas regiões desabastecidas por energia elétrica. Nosso sistema está operando no limite, apesar de todas as usinas termoelétricas estarem funcionando”, declarou Zema.
O governador avalia que a situação do nível de água nos reservatórios das represas pode ser considerada como calamidade pública. Também ressalta tentar ajuda do governo federal para resolver a situação. “Quero deixar claro que já fui inúmeras vezes à Brasília para tratar do tema, não foi esse mês, nem no mês passado, é desde o início do meu mandato. Tratei com ministro, tratei com a ANA (Agência Nacional das Águas), tratei com a ANEEL, com o Operador Nacional do Sistema e continuamos tratando. Infelizmente não tivemos até o momento sucesso, me parece que um tanto desse problema depende de um planejamento, de ações que vão se refletir em cinco, dez anos, e também de um pouco de chuva”, disse.
No final de agosto, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, fez um pronunciamento em rede nacional pedindo para que a população brasileira economize energia por conta da grave crise hídrica no país.
Previsão
A primavera começa oficialmente, às 16h21 desta quarta-feira. A primeira semana será marcada por chegada de frente fria no Sul e Sudeste. Para maior parte do país, a estação traz temperaturas mais altas e o retorno das chuvas devido a aproximação de um ciclone extratropical que se formou na segunda-feira (20) próximo ao continente. Por conta do fenômeno, há expectativa de ventos fortes e chuvas de intensidade moderada e torrenciais.
A previsão para os próximos três meses indica probabilidade de chuva acima da média histórica no Norte, Centro e Leste do Brasil, mas não deve ser suficiente para encher os reservatórios, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
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