Três testemunhas gravaram vídeos nas redes sociais e saíram em defesa da atleta de handebol da Caldense, de 19 anos, que foi acusada de cometer crime de racismo durante partida do Campeonato Mineiro de Handebol na última quinta-feira (19).
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Nos vídeos, as testemunhas, relataram que estavam na arquibancada ao lado da acusada e que não viram em momento nenhum ela cometer o ato de racismo do qual está sendo acusada. Confira o relato completo das três no vídeo abaixo:
O caso:
O caso teria acontecido na última quinta-feira em partida entre Campestre x Caldense pelo Campeonato Mineiro de Handebol.
A atleta da Caldense, de 19 anos, estava na arquibancada assistindo à partida quando teria chamado uma jogadora de 13 anos do time de Campestre de “macaca” e “gorila”.
Segundo relato da mãe da vítima, os insultos foram direcionados à jogadora sempre que ela tocava na bola. Após confrontar a jovem suspeita, a mulher recebeu respostas irônicas e acionou a Polícia Militar. Quando os policiais chegaram ao local, a acusada já havia deixado o ginásio. Ainda assim, os agentes colheram depoimentos de testemunhas e conseguiram identificá-la, registrando um boletim de ocorrência que foi encaminhado à Polícia Civil para as providências cabíveis.
A Federação Mineira de Handebol (FMH) repudiou publicamente o caso e informou que já instaurou um processo disciplinar para apuração dos fatos. Em nota, a entidade afirmou que “o ato de racismo fere os valores do esporte e a dignidade humana”. Como medida cautelar, a FMH determinou a suspensão preventiva da atleta da Caldense de todas as competições organizadas pela Federação e pela Confederação Brasileira de Handebol. Ela também está proibida de frequentar os locais de jogo, inclusive como espectadora, até o julgamento definitivo do caso.
A Prefeitura de Campestre também se manifestou, classificando o episódio como uma grave violação dos direitos humanos e reafirmando o compromisso com a promoção de um ambiente esportivo inclusivo e respeitoso.
A Associação Atlética Caldense divulgou uma nota oficial expressando repúdio ao racismo, reafirmando seu compromisso com a promoção de respeito, inclusão e diversidade no esporte. A associação classificou como inadmissível qualquer ato de discriminação e declarou que tais condutas são incompatíveis com os valores defendidos pela instituição.
A associação informou ainda que não recebeu, até o momento, qualquer comunicação oficial da Federação Mineira de Handebol sobre os fatos relacionados ao caso, tendo sido surpreendida por publicações em redes sociais. Segundo a nota, a situação está sendo analisada pelo departamento jurídico do clube, que avalia as medidas cabíveis.
A acusada se manifestou através das redes sociais, negando a acusação.