O homem acusado de matar a noiva durante um passeio em uma cachoeira de Bandeira do Sul foi absolvido em júri popular nesta quarta-feira (2) no Fórum de Campestre. Cássio Ribeiro era acusado de matar a noiva, a maquiadora Daniele Aparecida Capelari Plachi, de 33 anos, em 2016.
Clique aqui e participe do grupo de notícias da Onda Poços no WhatsApp 📲
Segundo a defesa do acusado, a decisão do júri considerou que não havia provas suficientes para condenação, resultando em sua absolvição. Após a leitura da sentença, a Justiça determinou a expedição do alvará de soltura.
Daniele foi encontrada morta após desaparecer na água durante o passeio. À época, Cássio afirmou à polícia que havia escorregado e caído na água, e que a noiva teria entrado na correnteza para tentar salvá-lo. O corpo dela foi localizado no dia seguinte pelo Corpo de Bombeiros.
No entanto, a versão apresentada pelo acusado foi contestada pela família da vítima. Segundo o irmão de Daniele, ela não sabia nadar. O inquérito foi concluído apenas três anos depois, quando a Polícia Civil apontou contradições nos depoimentos de Cássio e concluiu que ele foi o responsável pela morte da noiva. Ele foi preso em janeiro de 2020 e indiciado por feminicídio, qualificado por afogamento.
Durante a apuração do caso, outras mulheres que tiveram relacionamento com Cássio relataram comportamento agressivo por parte dele.
De acordo com a investigação, o relacionamento do casal era conturbado e marcado por ciúmes e comportamentos possessivos por parte do acusado. O Ministério Público afirma que havia um conjunto robusto de provas que sustentavam a acusação.
A defesa, por outro lado, negou o crime e sustentou que se tratou de um acidente. O advogado Anderson Guimarães Filho afirmou que apresentaria provas que inocentam Cássio e classificou a prisão e a acusação como injustas.
“Só de inquérito foram quatro anos e não existem provas. É isso, não existem provas, é apenas presunção do que foi o caso. É uma investigação frágil”, alegou o advogado.
*Com informações do G1 Sul de Minas