Comerciantes protestaram contra o fechamento das lojas em Vargem Grande do Sul (SP), na tarde desta terça-feira (22). O grupo se reuniu em frente à igreja matriz e caminhou pela rua do comércio.
Faixas dizendo: “precisamos trabalhar”, “isenção de multas aos comerciantes” e “precisamos de uma solução”, foram levadas pelos manifestantes.
Os estabelecimentos considerados não essenciais estão fechados desde 18 de junho, por decreto, medida imposta pelo prefeito Amarildo Moraes para tentar frear o avanço da Covid-19 no município. E vale até 25 de junho.
Em entrevista à Onda, o prefeito Amarildo diz que é solidário aos comerciantes e que se estivesse no lugar deles, faria exatamente o que estão fazendo. “Os comerciantes têm razão. Eles estão levando grande prejuízo financeiro desde o começo, há 15 meses. Querem trabalhar, levar o pão pra casa. Por outro lado, nós estamos com mais de 20 pessoas internadas no hospital”, disse.
Amarildo revela que foi necessária uma medida mais dura para “salvaguardar vidas de vargem-grandenses”, já que não há mais leitos de UTI na região. “Cabe ao gestor público tomar decisões amargas nesse momento”, destaca.
Hospital de Campanha
Casa Branca (SP) deve inaugurar um hospital de campanha nas próximas semanas, de acordo com Amarildo. O local terá pelo menos 30 de leitos de UTI para atender a região da DRS-14, que abrange aproximadamente 20 cidades. O espaço está sendo montado no complexo do Centro de Reabilitação e deve ficar pronto em 15 dias. A responsabilidade é do governo estadual.
Casos
Vargem Grande do Sul teve mais duas mortes nesta quarta-feira (23) e soma 82. A cidade tem 3.124 casos, sendo que . 2.813 estão recuperados. Além disso, tem duas mortes suspeitas, além de cinco pessoas que faleceram por outras causas, mas que tinham Covid. 145 pessoas aguardam resultado de exames e 26 estão internadas (4 em UTI).
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