O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou, nesta terça-feira (16), a prisão dos médicos José Luiz Gomes da Silva e José Luiz Bonfitto, acusados de envolvimento na morte e retirada ilegal de órgãos do menino Paulo Pavesi, em Poços de Caldas, em 2000. Os dois foram condenados a 25 anos e 10 meses de prisão por homicídio qualificado e aguardavam o julgamento em liberdade. Álvaro Ianhez teve a prisão mantida; ele foi condenado a 21 anos e 8 meses em regime fechado pelo mesmo crime e está preso desde maio de 2023.
No caso que chocou o país, Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos, caiu da grade do playground do prédio onde morava em 19 de abril de 2000 e foi levado para o Hospital Pedro Sanches, em Poços de Caldas. Após ser transferido para a Santa Casa da cidade, teve os órgãos retirados com um diagnóstico de morte encefálica supostamente forjado.
A investigação iniciada pelo pai da vítima, Paulo Airton Pavesi, revelou irregularidades nas cobranças hospitalares e resultou no descredenciamento da Santa Casa para transplantes e remoção de órgãos em 2002. A história de Paulo Pavesi inspirou um livro lançado em 2014, “Tráfico de Órgãos no Brasil – O que a máfia não quer que você saiba”.
Outros envolvidos no caso foram denunciados, e alguns foram condenados, como Sérgio Poli Gaspar, Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes. A sentença contra esses três foi restaurada em setembro de 2021 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu que o crime de remoção de órgãos não deve ser julgado por júri popular.
Os médicos condenados negaram qualquer irregularidade nos procedimentos realizados no garoto.
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