Uma técnica de enfermagem de Poços de Caldas deve ser indenizada em R$ 6 mil após sofrer injúria racial enquanto trabalhava em um hospital particular da cidade. A decisão é de primeira instância e ainda cabe recurso.
O caso aconteceu no dia 2 de março deste ano. Segundo o processo, Najila Passos da Silva, de 31 anos, relatou que uma paciente se irritou por querer deixar o hospital mais cedo e exigiu que o soro fosse aplicado com maior rapidez. A profissional explicou que não poderia alterar a prescrição médica, momento em que foi ofendida.
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De acordo com Najila, a paciente a chamou de “urubu preto” na frente de outros pacientes, acompanhantes e da enfermeira-chefe. A vítima registrou denúncia, e a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso.
Após a conclusão das investigações, a paciente foi condenada pelos crimes de injúria racial e danos morais. Na sentença, o juiz ressaltou que o dano moral é “evidente”, uma vez que a ofensa atingiu a honra da profissional no exercício de sua função.
Najila afirmou que pretende doar o valor da indenização. O crime de injúria racial é imprescritível e, desde 2023, é equiparado ao crime de racismo, com pena prevista de dois a cinco anos de prisão.







