Aconteceu na Câmara Municipal de Poços de Caldas uma audiência para tratar sobre o transporte público da cidade. Representantes do poder público, de partidos, movimentos sociais, da concessionária Floramar além de alguns vereadores e populares, estiveram na Câmara Municipal nesta quarta feira, 30 de outubro, para discutir sobre a “Tarifa Zero” no transporte coletivo.
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O debate foi uma sugestão do vereador Diney Lenon (PT). Na audiência foi ressaltada a insatisfação da população com a falta de linhas e horários de ônibus e a necessidade urgente de ações que possam atender a população e preservar o Sistema de Transporte Coletivo no município.
Coronel Nelson Queiroz, gerente da Floramar, empresa concessionária afirmou que o transporte público é um direito constitucional que determina ao poder público prover os serviços de transporte localmente. “A Floramar transporta atualmente 38 mil passageiros por dia útil, sendo que 25 mil apenas pagam passagem”, ressaltou.
Queiroz apresentou exemplos de cidades na região que já contam com o subsídio, defendendo o modelo utilizado por Pouso Alegre. Ele disse que em Varginha o valor da tarifa é R$ 6,60 desde o ano passado, mas o passageiro paga R$ 5,00, sendo que R$ 1,60 é subsidiado pela prefeitura. “Mas, o modelo que está dando certo em nossa região é o de Pouso Alegre. A passagem lá é de R$ 6,20, mais cara que aqui, só que o passageiro paga R$ 3,00 e o poder público completa os outros R$ 3,20”.
Os dados da prefeitura de Pouso Alegre demonstram que de 2019 a 2023, o numero de passageiros aumentou em 21%. Pelo terceiro ano seguido Pouso Alegre aplica 2% de seu orçamento no Sistema de Transporte Público. Se a mesma dinâmica fosse implantada em Poços, a passagem estaria em R$ 3,00.
No final, o gerente da Floramar ressaltou que é preciso sair do círculo vicioso de uma passagem cara e “ir para um circulo virtuoso, que não seja a Tarifa Zero, mas o início de alguma forma de subsídio, recuperando os passageiros e atendendo ao que a população precisa e merece ter como direito garantido por lei”, finalizou Queiroz.