A Câmara Municipal está apurando o pagamento de horas extras a servidores do Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), após denúncias feitas por parlamentares sobre possíveis irregularidades. Na sessão desta terça-feira (23), a vereadora Pastora Mel voltou a abordar o tema na tribuna, destacando novos casos que, segundo ela, reforçam o que chamou de “farra das horas extras”.
De acordo com a vereadora, um dos exemplos mais recentes envolve um servidor da função de roçador, que teria registrado mais de 200 horas extras em apenas um mês. Ela questionou se há demanda suficiente para justificar esse volume de trabalho adicional na função. Em ocasiões anteriores, a parlamentar também havia apontado o caso de um servidor com salário-base de R$ 1.880, que teria recebido mais de R$ 25 mil em um único mês, incluindo os adicionais.
Paulo César destacou ainda que o período de crise hídrica exigiu maior atuação de alguns servidores, inclusive durante a madrugada, devido à necessidade constante de atendimento às ocorrências. Ele afirmou que, conforme informações do setor de Recursos Humanos e da supervisão, as horas extras apontadas teriam sido efetivamente trabalhadas. Caso alguma irregularidade seja identificada durante a apuração, ele garantiu que as providências cabíveis serão tomadas.
O presidente do DMAE também mencionou que o departamento enfrenta escassez de servidores, uma vez que o número de funcionários concursados vem diminuindo nos últimos anos e o plano de carreira da autarquia ainda não foi aprovado, impedindo a realização de novos concursos. Com isso, segundo ele, os servidores que se dispõem a trabalhar acabam assumindo uma carga maior para manter o funcionamento dos serviços à população.
Por fim, Paulo César reforçou que o DMAE está à disposição da Câmara para prestar todos os esclarecimentos necessários.