Entre os dias 1 e 15 de junho de 2025, a Seleção Brasileira Feminina de Cricket embarca rumo a Ruanda para disputar a segunda edição consecutiva do Kwibuka Women’s Tournament. O torneio internacional reúne seleções de diversos países e tem como cenário a capital Kigali.
O Kwibuka Women’s Tournament vai além do aspecto esportivo. Criado em homenagem às vítimas do genocídio de 1994, que tirou a vida de mais de 800 mil pessoas em Ruanda, o evento utiliza o cricket como ferramenta de reconciliação e promoção da paz. O termo “Kwibuka” significa “lembrar” em kinyarwanda, idioma local. Desde sua criação, a competição se consolidou como uma das principais do calendário internacional feminino da modalidade.
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A equipe brasileira leva a campo mais do que desempenho técnico. Muitas das atletas que compõem o elenco foram formadas em projetos sociais da Confederação Brasileira de Cricket (CBCr), iniciando o contato com o esporte em escolas públicas e comunidades periféricas. Hoje, integram a seleção nacional e representam o Brasil em competições internacionais.
A capitã da equipe, Carol Nascimento, é um dos destaques dessa trajetória. Iniciada no esporte por meio de um projeto social, ela concilia a carreira esportiva com a formação acadêmica e já teve a oportunidade de competir internacionalmente graças ao cricket.
O presidente da CBCr, Matt Featherstone, considera a participação no Kwibuka mais um marco importante para o desenvolvimento da modalidade no país. Segundo ele, a presença brasileira no torneio reforça o papel transformador do esporte e acompanha a crescente visibilidade do cricket no cenário global, especialmente após a inclusão da modalidade no programa dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.
Sobre a Confederação Brasileira de Cricket
Fundada em 2001 e afiliada à International Cricket Council (ICC) desde 2003, a Confederação Brasileira de Cricket tem sede em Poços de Caldas (MG) e coordena mais de 80 projetos sociais em todo o país, alcançando cerca de 10 mil crianças e jovens. A entidade busca promover o esporte como ferramenta de inclusão, educação e transformação social.
Com isso, a seleção feminina chega ao Kwibuka Tournament não apenas como competidora, mas como representante de um projeto em expansão, que une esporte e cidadania.