“Desde a desativação do Complexo Santa Cruz, interditado em 2015, por problemas estruturais, as três piscinas que fazem parte da área, eram monitoradas pelo setor de Combate à Dengue. Lá é cadastrado como Ponto Estratégico, por isso, quinzenalmente nossa equipe vai até o Complexo para avaliar a presença de larvas do mosquito e, sempre para fazer o tratamento químico com produto larvicida, para evitar este desenvolvimento, então este é um local que nunca teve risco eminente, porque sempre foi monitorado por este trabalho. No entanto, neste último ano, choveu bastante e o volume de água nas piscinas aumentou demais. Como nosso larvicida tem a quantidade utilizada de acordo com o volume de água acumulado, a gente estava utilizando um volume excessivo de larvicida e então se tornou mais emergente este trabalho”, explicou Jorge Miguel Ferreira do Lago, coordenador da Vigilância Ambiental.
O início do trabalho contou com o apoio da equipe do DMAE que disponibilizou um caminhão de drenagem, realizada durante duas semanas, e de forma mais lenta, tendo em vista que a água retirada foi transferida para um terreno ao lado das piscinas, com vazão controlada de forma a não gerar danos no solo. Ainda assim, ficou restando um pequeno volume de água nas piscinas, o que fez a equipe buscar uma solução definitiva.
As piscinas continuarão sendo monitoradas pelas equipes da Saúde, até mesmo para verificar se a passagem de água continua sem obstrução, evitando aquela situação de acúmulo que ocorria antes.
Números
Em Poços de Caldas, foram registrados em 2020, 17 casos de dengue, sendo sete autóctones, o que significa que a doença já circula em nosso município. No mesmo período, não houve confirmação de casos de Febre Chikungunya e nem de Zika Vírus. O trabalho de visitas domiciliares continua sendo realizado pelos agentes de endemias, observando cuidados para resguardar a saúde, tanto dos servidores, quanto da população, neste momento de pandemia. No Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti, o LIRA, realizado em janeiro, os agentes de endemias visitaram 3.402 pontos, entre imóveis, terrenos e áreas públicas. 83 focos foram encontrados, o que representa 2,4% de Índice de Infestação Predial, considerado médio risco pela escala do Ministério da Saúde. A realização do segundo levantamento deste ano, que era prevista para março, foi cancelada pela Secretaria Estadual de Saúde, por conta da pandemia. Até o momento, não há previsão para a realização do próximo LIRA.
Canais contra o Aedes
Denúncias podem ser registradas na Ouvidoria Municipal de Saúde, pelo 0800-283-0324, atendimento com ligação gratuita, de segunda a sexta, das 8h às 17h. O contato também pode ser feito pelo telefone da Vigilância Ambiental: 3697-5977. Importante lembrar que os agentes trabalham identificados com uniforme e/ou colete e também portam crachá. Reclamações de terreno sujo são no 3697-2072. Já o cata treco para o recolhimento de móveis e eletrodomésticos pode ser agendado pelo 3697-2073, para moradores das regiões oeste e central; pelo 3697-2319 para a zona Sul e pelo 3697-2188, para a zona Leste. As solicitações também podem ser feitas pelo aplicativo e-Ouve, disponível para download nos serviços de distribuição digital de aplicativos (basta digitar eOuve) ou pelo site.