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Respeitar as horas de sono pode prevenir doenças crônicas, neurologista explica

Sono de má qualidade pode trazer vários riscos

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Neste mês de março é celebrado o Dia Mundial do Sono, data em que instituições visam divulgar as informações sobre sono saudável e qualidade de vida. O jornalismo da Onda Poços conversou com o neurologista Eduardo Leite Ribeiro do Valle, especialista em Medicina do Sono.

As horas de sono, de recém-nascidos, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos vai variar conforme a fase da vida. O neurologista explica que os recém-nascidos precisam dormir muito mais do que um idoso por exemplo. “O idoso já tem o sono mais fragmentado.  Por exemplo, um bebê assim que nasce vai dormir cerca de 16, 18 horas, por dia. Conforme vai envelhecendo, a criança precisa de 12 a 10 horas de sono por dia até quando adolescente. Já jovem vai chegar na fase do adulto que seria em média oito horas. Claro que tem gente que dorme mais, tem gente que dorme menos, sem que afete a qualidade de vida. Têm pessoas que com sete horas estão satisfeitas, com seis horas, menos que isso será problemático e se a pessoa dorme muito também, um adulto dormir 12 horas já deve ficar em alerta. 10 horas em um dia também não é sinal de uma boa qualidade de sono”, comenta.

BENEFÍCIOS

De acordo com o especialista em Medicina do sono, os benefícios que a pessoa pode ter quando respeita o sono, são grandes, como por exemplo; ter mais disposição, melhor memória, porque ao dormir, é consolidado tudo o que se aprendeu durante o dia. A pessoa que tem um sono saudável, consegue ter um humor melhor, menos irritabilidade, mais atenção, rende melhor, consegue ter maior qualidade de vida, além de ter menos riscos de acidente de trabalho.

Outro ponto abordado pelo neurologista, foi sobre as doenças crônicas. “A gente sabe que até mesmo o infarto, o avc, outras doenças crônicas vão ter o risco maior de acontecer quando você não tem o sono saudável”, explica.

DESVANTAGENS

Doutor Eduardo comenta que as desvantagens de quem não tem um sono de qualidade, são inúmeras. Entre elas estão; cansaço durante o dia, sonolência, risco de acidente de trânsito e de trabalho, risco de desenvolver várias doenças, afetando a qualidade de vida e a vida social.

QUEM SOFRE DE INSÔNIA, O QUE PODE FAZER?

Segundo o neurologista, a mudança de hábitos pode ajudar a contribuir para melhorar a questão da insônia. “Quem tem insônia pode melhorar sem ter que preocupar com medicamento, muitas vezes mudando os hábitos do sono.  Ter horário regular para dormir, para despertar, o ambiente, o quarto ser tranquilo, sem barulho, confortável, evitar bebida alcóolica, evitar cigarro, café perto da hora de ir dormir, não comer demais, comer algo mais leve a noite vai ajudar bastante”, explica.

Outra dica dada pelo médico é que as pessoas vão para suas camas somente quando estiverem com sono, sem ficar na cama vendo tv ou trabalhando, pois isso prejudicará na hora de dormir. “A gente tem que ir pra cama só na hora de ir dormir, quando chegar perto da hora de ir dormir, atividades mais relaxantes vão ajudar, um banho morno, um ambiente mais escuro, evitar uso de computador celular perto da hora de ir dormir, chegar umas dez horas da noite já desligar o celular”, pontua.

NADA DE TENTAR DORMIR PENSANDO NOS PROBLEMAS

Segundo o neurologista, é importante evitar levar problemas para a cama, pois eles irão incomodar as pessoas a relaxarem e a estarem numa boa qualidade de sono.

O médico ainda reforça que existem medicamentos fitoterápicos e até remédios calmantes, mas que devem ser orientados por médicos especialista, mas muitas vezes, apenas a mudança de hábitos é uma forte aliada para ter sono saudável.

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