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Projeto do IF mostra dados sobre violências contra as mulheres em Poços

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Um grupo de pesquisadoras do Instituto Federal do Sul de Minas (IF) divulgou parte dos resultados da pesquisa realizada de 2019 a 2020, relativa aos dados de violências contra as mulheres ocorridas em 2018 em Poços de Caldas. Os dados foram coletados por meio de órgãos do município que realizam atendimento à mulher e enfretamento às violências contra as mulheres, sendo eles: o Centro de Referência de Assistência Social (CREAS), a Secretaria Municipal de Saúde, a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) e a Polícia Militar por meio da Patrulha de Violência Doméstica.

A pesquisa mostra que, em 2018, foram registrados pelo Registro de Eventos de Defesa Social (REDS) 1520 casos de violências contra as mulheres no município de Poços de Caldas, sendo que houve um aumento de 2017 para 2018.

A violência física e a psicológica foram as que apresentaram os maiores índices, havendo também casos de violência moral, financeira e sexual e, em 64,7% dos casos, o agressor era ou já tinha sido parceiro da vítima: cônjuge, ex-cônjuge, namorado, ex-namorado (REDS). Além disso, em mais da metade dos casos (51,4%), a violência ocorreu mais de uma vez.

O estudo foi coordenado pela professora doutora Melina Mara de Souza, do IFSULDEMINAS – Campus Poços de Caldas; pela psicóloga e mestranda em Educação (UNICAMP), Paula Montenegro; e pela professora doutora em Psicologia, Paolla Magioni Santini (PUC Minas).

Mapeamento

Na pesquisa, foi feito um mapeamento separando pelas zonas da cidade (Zona Sul, Zona Leste, Zona Oeste e Centro), para compreender a incidência da violência, não só como por área, mas também levando em consideração o perfil da vítima, idade, raça ou etnia e classe social, que são tópicos relevantes quanto ao grau de vulnerabilidade que as mulheres se encontram.

“O mapeamento indica que a zona de maior índice de violência na cidade é a Zona Leste e, seguida da Zona Sul, Centro, Zona Oeste e por ultimo a Zona Rural. As regiões de maior vulnerabilidade social da cidade (Zona Leste e a Zona Sul) tiverem o maior registro de notificações quando comparado as outras regiões”, contou a professora Melina Souza.

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