Um projeto nascido no coração da Serra da Canastra emocionou o mundo durante o World Credit Union Conference (WCUC), o maior evento global do cooperativismo de crédito. Realizado este ano na capital da Suécia, o WCUC reuniu milhares de profissionais de mais de 60 países em torno de um propósito comum: fortalecer o impacto das cooperativas no mundo.
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Dentre os 25 painéis e workshops que compuseram o evento, um dos destaques foi a apresentação do Brasil, por meio de uma parceria entre a agência Loggia, o Centro Cooperativo Sicoob, o Sicoob Sarom e o Sistema OCB. O painel trouxe à tona uma história genuinamente brasileira — e cooperativista: o case do queijo da região da Serra da Canastra, representado pelo produtor e cooperado da Sarom Onésio Leite da Silva, de São Roque de Minas.
Mais do que falar de um produto típico, o painel apresentou uma nova proposta para mensurar o sucesso das cooperativas: uma matriz que considera, além dos números, o impacto humano, o fortalecimento da comunidade e a prosperidade compartilhada. Uma iniciativa que nasce do campo, do olhar de quem planta e colhe junto, para inspirar cooperativas de todo o mundo a repensarem seus indicadores de valor.
Essa valorização do território e da cultura local também está em sintonia com o reconhecimento internacional do Queijo Minas Artesanal, que recebeu da Unesco o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Nesse contexto, ganha ainda mais relevância a construção da Marca Território da Canastra, um selo que fortalece a origem, protege a identidade local e amplia as oportunidades para os produtores da região.
“O cooperativismo sempre foi sobre pessoas. Sobre o que elas constroem juntas. E agora é hora de as cooperativas expressarem isso com mais clareza e potência”, destacou Flávio Pina, CEO da Loggia e um dos idealizadores do projeto.
Para João Carlos Leite, presidente do Sicoob Sarom e da Aprocan (Associação dos Produtores de Queijo Canastra), participar do evento foi uma oportunidade de mostrar ao mundo a força do cooperativismo em sua forma mais autêntica. “Quando valorizamos o que é nosso, cuidamos da identidade de um povo. O cooperativismo transforma isso em movimento, em comunidade, em valor real para todos. Ver nosso trabalho ganhando visibilidade internacional é motivo de orgulho e responsabilidade.”
Ao final, Flávio deixou um convite à comunidade global: “Vamos enxergar nossas cooperativas sob uma nova perspectiva — mais humanas, mais conectadas,
mais transformadoras. Afinal, prosperidade compartilhada é o que nos
move.”