A Polícia Civil de Passos investiga um esquema de venda de atestados médicos falsos que usava nomes e carimbos de profissionais da Santa Casa de Misericórdia, no Sul de Minas. O caso veio à tona há cerca de 20 dias, quando um médico procurou a delegacia e denunciou o uso indevido de sua identidade em documentos entregues a empresas locais.
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De acordo com as investigações, os falsos atestados eram vendidos por valores entre R$ 50 e R$ 100, simulando dispensas médicas de três a quinze dias. Além disso, o valor variava conforme o CID (Código Internacional de Doenças) e o tempo de afastamento informado.
O delegado Marcos Pimenta, chefe do 18º Departamento de Polícia Civil de Poços de Caldas, afirmou que quatro compradores e um intermediário já foram identificados e ouvidos. Segundo ele, os suspeitos podem responder por falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa, crimes que preveem penas de até cinco anos de prisão.
A Santa Casa de Passos participa das investigações por meio de seu setor jurídico e é considerada vítima do golpe. Por outro lado, o delegado destacou que a prática causa prejuízo direto às empresas e compromete a imagem dos profissionais da saúde. “Não é uma brincadeira. É algo grave que pode manchar a reputação de um médico e afetar o ambiente de trabalho”, alertou Pimenta.
Esse é, portanto, o quarto caso registrado no Sul de Minas em 2025. Cidades como Muzambinho, Varginha e Pouso Alegre também registraram ocorrências semelhantes. Em Muzambinho, uma adolescente foi apreendida em outubro por tentar retirar medicamentos com receita falsa. Já em Varginha, a polícia prendeu uma servidora pública em agosto, suspeita de vender atestados falsos. Enquanto isso, em Pouso Alegre, uma mulher foi detida em junho pelo mesmo tipo de fraude.
Atualmente, cinco pessoas estão sob investigação em Passos. Dessa forma, a Polícia Civil busca identificar novos envolvidos e definir o papel de cada suspeito no esquema.







