Após dez dias de intenso trabalho investigativo, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) identificou e prendeu dois homens, de 23 e 25 anos, suspeitos de envolvimento no crime de extorsão mediante sequestro, na modalidade conhecida por “sapatinho”, em Guaxupé, Sul do estado. Os mandados de prisão temporária foram cumpridos, na manhã de hoje (1º). O crime aconteceu no último dia 20 de maio, ocasião em que o gerente do banco foi morto em frente à agência bancária.
Na data anterior ao crime, por volta de 17h, suspeitos abordaram a família da vítima em um clube recreativo. Em seguida, foram para a residência do gerente e passaram a noite no imóvel com o casal e dois filhos. Pela manhã, parte deles levou os três reféns para a região do clube e os demais foram com o gerente para o banco do qual levariam dinheiro. Ainda do lado de fora do estabelecimento, o funcionário foi atingido na cabeça por disparo de arma de fogo e veio a óbito. Ao saber da situação na agência, os outros envolvidos evadiram do local que estavam com os familiares.
De acordo com o Delegado Cleyson Brene, levantamentos apontam para a participação de, pelo menos, quatro suspeitos no caso “Até o momento, identificamos esses dois, com análise de dados preliminares e informações técnicas de inteligência.
Conseguimos traçar a rota possível de onde eles estavam na data dos fatos, concluindo que estiveram nas cenas do crime, tanto na residência do gerente quanto no clube recreativo, no dia anterior”, explica.
Prosseguimento das investigações
Um terceiro envolvido morreu na data dos fatos. Segundo Brene, imagens de circuito de monitoramento já foram analisadas e projéteis de armas de fogo passam por perícia de microcomparação balística, a fim de se buscar a confirmação de onde partiram os disparos que atingiram o gerente e o suspeito. “Estamos aguardando o laudo pericial, para análise em conjunto com as imagens”, observa.
O Delegado Gabriel Belchior João completa que os dois presos já possuem registros policiais por tráfico de drogas e crimes patrimoniais, sendo que um deles já chegou a ser condenado em processo judicial. Ele informa que a dupla foi localizada em residências distintas, em bairros diversos da cidade. “As investigações prosseguem para apurarmos se há outros envolvidos”, acrescenta.
Conforme destaca o Chefe do 18º Departamento de Polícia Civil, Delegado Edson Rogério de Morais, o procedimento investigativo é realizado de maneira científica, em atendimento ao ordenamento jurídico. “A equipe responsável pela investigação está trabalhando incansavelmente desde o dia em que os fatos ocorreram”, reitera, ao concluir que o objetivo da PCMG é chegar a conclusões e provas concretas.
Efetivo
Cerca de 40 policiais civis colaboraram com a operação realizada hoje. Edson Morais ressalta, ainda, o empenho da equipe responsável pela investigação, e o apoio recebido pelo Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), por meio da Delegacia Especializada Antissequestro, no dia dos fatos.