Após reportagem da Folha de São Paulo, informando que mais de 1,3 mil cidades brasileiras, entre elas, Poços de Caldas (MG), aplicaram vacinas vencidas à população, municípios e estados se posicionaram e negaram aplicação.
Em Poços, a reportagem apontou 38 doses vencidas da vacina AstraZeneca, o que foi negado pela prefeitura. “Foi feita uma checagem dos lotes dessas vacinas que vieram e realmente esse lote veio mesmo, só que ele chegou aqui ainda com prazo pra ser utilizado e ele foi utilizado imediatamente. Nós temos a confirmação, os pacientes que usaram a vacina e a data em que eles usaram a vacina, que mostra que ele [lote] foi usado no prazo regular. Temos os dados que comprovam que a vacina foi usada em tempo hábil”, afirmou o Secretário Municipal de Saúde, Dr. Carlos Mosconi, em entrevista ao Onda Em Foco.
Repercussão Nacional
No Distrito Federal, a Secretaria de Saúde diz que “nem sempre a vacina aplicada é registrada no sistema do Ministério da Saúde na mesma data em que foi administrada no paciente”. A pasta aponta que está se dedicando “a identificar os possíveis erros e responsáveis que levaram a este desencontro de informações”.
A Prefeitura de Maringá (PR), que lidera a relação com 3.536 pessoas vacinadas, justificou que ocorreram divergências de dados no Sistema Conecte SUS.
“No começo da vacinação, a transferência de dados demorava a chegar no Ministério da Saúde, levando até dois meses. Portanto, os lotes elencados são do início da vacinação e foram aplicados antes da data do vencimento. Concluindo, não houve vacinação de doses vencidas em Maringá e sim erro no sistema do SUS”.
Em Belém, no Pará, a secretaria de Saúde informou por email à Folha de S.Paulo que nenhuma dose de imunizante vencido foi aplicada na cidade, mas admite a possibilidade de um eventual erro no registro.
O município de Rio Claro, se posicionou afirmando que não houve aplicação na região de imunizantes vencidos. Em nota enviada ao UOL, a pasta esclareceu que sempre que chegam vacinas no município, as informações referentes aos lotes e vencimentos são averiguadas e que nunca houve estoque de vacinas com data de validade anterior às novas doses recebidas.
Outras cidades do país também negaram a aplicação de doses vencidas.
Em nota à Folha de S. Paulo, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo confirmou cerca de 4.000 doses ministradas após a validade. A pasta firmou que orienta os municípios sobre a aplicação da vacinação contra a covid-19 e a importância de verificar a data de validade antes do uso do frasco de uma vacina.
Ministério da Saúde
Em nota, o Ministério da Saúde informou que “nenhuma dose de vacina é entregue aos estados e Distrito Federal vencida” e que a pasta “acompanha rigorosamente todos os prazos de validade das vacinas Covid-19 recebidas e distribuídas”.
Ainda de acordo com o ministério, “caso alguma vacina seja administrada após o vencimento, essa dose não deverá ser considerada válida, sendo recomendado um novo ciclo vacinal, respeitando um intervalo de 28 dias entre as doses”.
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