Os empregados da Eletrobras Furnas em Poços de Caldas aderiram à greve nacional desta terça-feira (15), em protesto contra a votação prevista no Senado, esta semana, da privatização da companhia, a maior do setor elétrico no Brasil, responsável por 44% da geração de energia elétrica do país e 52% da capacidade de armazenamento de água.
A MP 1.031 caduca após o dia 22. Associações representativas da indústria brasileira criticam o projeto modificado e querem o retorno da proposta que trata apenas da venda da Eletrobras. Associações e sindicatos dos empregados da Eletrobras condenam a privatização da companhia, do ponto de vista de um projeto que consideram equivocado e apresentado em momento também inadequado.
A Associação de Engenheiros e Técnicos da Eletrobras (Aesel) enviou nota técnica aos senadores em que expõe motivos pelos quais o país não deve privatizar a empresa. A Aesel estima que uma vez privatizada a Eletrobras o reajuste de energia para os brasileiros deve alcançar 14% nos próximos três anos, a depender, ainda, do impacto da crise hídrica enfrentada pelo país, devido ao acionamento do sistema de bandeiras tarifárias para cobrir os gastos com a geração mais cara das usinas termelétricas.
Setores se unem contra venda de Furnas
O Sindicato dos Eletricitários de Furnas e DME (Sindefurnas) e a Associação dos Empregados de Furnas têm destacado outro risco da privatização da Eletrobras para o desenvolvimento socioeconômico das regiões que cresceram em torno dos reservatórios da companhia.
Na região abrangida pelo lago de Furnas, em Minas Gerais, a campanha contra a privatização da Eletrobras foi encampada por associações de empresários dos setores de turismo e de piscicultura, além prefeituras municipais.
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