Os poços-caldenses começaram a receber na última semana, a primeira parcela de R$300 do auxílio emergencial municipal. O pagamento foi feito as pessoas do lote 1 cadastradas e nascidas entre janeiro e junho), e que tenham cumprido os requisitos pré-estabelecidos, estavam aptas ao recebimento.
O dinheiro é destinado a pessoas que perderam emprego com carteira assinada durante a pandemia. O benefício veio em boa hora para muitas pessoas e agora vem a parte de como administrar esse dinheiro. O economista Leandro Morais conversou com o jornalismo da Onda Poços e deu dicas de como os beneficiários podem usar o dinheiro.
“Em primeiro lugar, vamos reconhecer que é uma medida importante, paliativa para os mais vulneráveis socioeconomicamente terem acesso ao básico, ao mínimo, então não há muitas opções. Comer é fundamental e a gente sabe que uma parcela importante da população brasileira e não diferentemente em Poços de Caldas, se insere na linha da fome, então é um caso que temos que tratar de muita preocupação, então para muitos o básico será comer. E comer no momento que vivenciamos um índice de inflação de alimentos muito superior ao índice oficial que o país coloca então esse é um outro tema que se conecta de muita pertinência e preocupação. Sabemos que pela crise energética, sabemos que pelo aumento do combustível, pela questão externa, pela opção em exportar grãos e não abastecer o mercado interno, todos estes fatores levam ao aumento de um preço de alimentos que a população está sentindo muito, o auxílio é importante para muitos para comer”, explica.
O economista ainda comentou sobre o endividamento que vem aumentando. “Aqueles que tem uma reserva adicional ou complementar, vão usar para pagar conta, nós sabemos que o índice de endividamento está bastante elevado, basta ver as últimas pesquisas sobre isso no país e não diferentemente em Poços de Caldas, sabemos que os impactos nefastos tanto sociais quanto econômicos, quanto do ponto de vista de saúde da pandemia, um dos aspectos é o aumento do endividamento, então uma segunda opção seria acertar ou tentar acertar parte de contas atrasadas e se sobrar aí sim ter a opção de escolher algo fora do básico”, orienta.
Ainda segundo Leandro, o valor do benefício volta para a economia local já que as pessoas quando compram comida, roupas, estão gerando uma dinâmica de renda interna no município. “Isso é importante também ainda que pequeno, mas tem esse impacto renda do ponto de vista do gasto que é imediato. As pessoas não vão poupar esse valor, elas vão gastar imediatamente e isso tende a ampliar o consumo a demanda e, portanto, a economia local. Ter em mente que são medidas paliativas, medidas de enfrentamento para esse momento, que se tem que pensar são medidas mais duradouras, mais consistentes, robustas de geração de trabalho e renda para a população local”, finaliza.
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