Lodo são sedimentos gerados em diversos processos industriais, bem como no tratamento de água ou de esgoto, sendo um efluente sanitário ou industrial, composto majoritariamente por água, cuja parte sólida pode ser orgânica ou inorgânica. Por ser extremamente concentrado em matéria orgânica, o lodo não pode ser descartado diretamente no meio ambiente, como em rios e córregos, pois a poluição causada trataria um grande desequilíbrio para o ecossistema.
O Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) remove, em média, 10 m3 de lodo por dia dos reatores da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE 1), que, após processo de secagem, se reduz a apenas 1,5 m3 de lodo seco, descartados em caçambas a cada 2 dias, em média.
A engenheira química do DMAE, Amanda Carvalhaes Souto Valim, explica o processo de secagem e descarte do lodo utilizado na ETE 1 no bairro Córrego D´antas.
“O lodo proveniente dos reatores UASB tem como característica, o elevado grau de estabilização da matéria orgânica, o que proporciona seu encaminhamento direto para unidades de secagem, sem a necessidade de uma etapa prévia de tratamento. O lodo excedente dos reatores é descartado após passar por um processo de desidratação. NA ETE 1, a tecnologia empregada é a desidratação por decanter centrífugo, onde o lodo, com adição de uma solução de polímero, passa por uma centrífuga que rotaciona a cerca de 3900 RPM, proporcionando a separação da fase líquida e fase sólida. A parte líquida retorna ao tratamento enquanto que o lodo seco é encaminhado para descarte em aterro sanitário e/ou composteiras por empresa terceirizada licenciada” explica.
O responsável pela desidratação do lodo no DMAE, o operador de tratamento Marcos Vinicius Rocha Miranda, afirma que o processo de secagem e descarte corretos, além de trazer vantagens para o meio ambiente, traz também redução de custos para o DMAE.
“Uma empresa terceirizada cobra, em média, nos valores atuais, R$165,00 por metro cúbico para descarte do lodo. Se fossemos calcular o trabalho que realizamos hoje aqui na ETE 1, teríamos um gasto total de aproximadamente R$ 1.650,00 por dia, o que vale dizer que com o próprio DMAE realizando esse serviço teremos uma economia para os cofres públicos de mais de R$ 320.000,00 por ano”, finaliza.
Receba as notícias através do grupo oficial do jornalismo da Onda Poços no seu WhatsApp. Não se preocupe, somente nossos administradores poderão fazer publicações, evitando assim conteúdos impróprios e inadequados. Clique no link abaixo: