Foram 72 anos que marcaram a vida de um dos poços-caldenses mais famosos. Mauro Ramos de Oliveira nasceu no dia 30 de agosto de 1930 e faleceu em 18 de setembro de 2002. Dias antes havia sido internado na Santa Casa de Misericórdia da cidade, não sem antes ter lutado contra o câncer no intestino.
Considerado um dos maiores zagueiros da história do futebol brasileiro, Mauro teve um currículo invejável como jogador, principalmente atuando pelo São Paulo Futebol Clube, pelo Santos Futebol Clube e pela seleção brasileira. Mas antes da glória, Mauro teve passagem por vários times de Poços de Caldas, como o Cascudinho, Caxias, RAF e também a Associação Atlética Caldense, na década de 40. Ele também atuou no Vargem Grande do Sul e no Sanjoanense de São João da Boa Vista, em 1947, quando foi levado ao Morumbi pelo ex-jogador do São Paulo, Piolin.
Pelo tricolor, o atleta disputou 444 partidas, sendo campeão paulista em 1948, 1949, 1953 e 1957. Defendendo a amarelinha em 30 jogos, ele foi campeão sul-americano em 1949 e campeão mundial em 1958, na Suécia, mas no banco de reservas. Sempre persistente, Mauro ainda sonhava atuar como titular. O feito foi concretizado na Copa do Chile, em 1962. Além de jogar e ser capitão, levantou a taça do título.
Em uma das maiores transações da época, Mauro Ramos de Oliveira foi contratado pelo Santos, em 1960, por cerca de cinco milhões de cruzeiros. Ao lado de mitos como Gilmar, Zito, Mengávio, Coutinho, Pelé e Pepe, Mauro colecionou inúmeras taças pelo time da Vila Belmiro. Foram cinco títulos paulistas, cinco Taças Brasil, três do Rio-São Paulo e duas Libertadores da América, e dois Mundiais Interclubes. O zagueiro defendeu as cores do Peixe por 354 oportunidades. A permanência no Santos durou sete anos, até 1967. Com 37 anos, Mauro ainda aceitou mais um desafio. Foi defender o Toluca, do México, onde foi campeão nacional e da Copa México. Logo depois, pendurou as chuteiras, após uma contusão na virilha.
Após 20 anos esbanjando categoria e elegância – característica que o levou a ganhar o apelido de “Marta Rocha”, numa alusão à famosa Miss Brasil, musa dos anos 50 – Mauro viajou ao México e aos Estados Unidos, onde fez cursos profissionalizantes para a carreira de técnico de futebol, apesar de não ter obtido grande sucesso fora das quatro linhas. Como treinador, começou no Deportivo Oro (México), antes de vir ao Brasil para treinar o Coritiba e, em 1971, assumir o Santos. O capitão do bi não conquistou nenhum título importante na função e, em 1974, abandonou o mundo do futebol para se tornar comerciante (foi proprietário de uma casa lotérica na rua Assis Figueiredo).
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