A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio de ação integrada das delegacias em Itambacuri, Governador Valadares e Poços de Caldas, prendeu um homem, de 39 anos, suspeito de liderar organização criminosa especializada em golpes para a aquisição de gado bovino. De acordo com o apurado, a quadrilha pode ter gerado um prejuízo superior a R$1 milhão às vítimas, residentes em Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Goiás.
O investigado foi localizado e preso em Poços de Caldas, Sul de Minas, em uma chácara pertencente a ele, local onde também foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Conforme apurado, o suspeito utilizava nomes falsos para se apresentar às vítimas pecuaristas e, por meio de aplicativo, realizava contratos de compra e venda de gado.
Golpes
No dia 6 de fevereiro deste ano, a quadrilha teria adquirido uma carga de 15 touros da raça Guzerá, avaliada em um total de R$225mil. Para tal, o grupo utilizou o nome de um falso comprador para intermediar as negociações. No mês seguinte, dia 19, os suspeitos tentaram negociar novamente com a mesma vítima, dessa vez se passando por outro comprador. Na ocasião, o caminhão boiadeiro que trazia o novo contrato falso foi interceptado.
Já nos dias 26, 27 e 28 de março, policiais rastrearam o veículo utilizado pelo grupo para transportar os animais e o interceptaram no estado do Mato Grosso do Sul. O caminhão foi escoltado até o Triângulo Mineiro, apreendido e restituídas 23 cabeças de gado ao dono.
No dia 28 de março, um integrante do grupo, de 31 anos, foi preso na cidade de Batatais, em São Paulo. O homem, apontado como ‘braço direito’ do líder da quadrilha, era responsável por monitorar o trânsito dos transportadores e contatar outros integrantes do grupo, organizando assim a entrega de valores e de contratos falsos destinados às vítimas.
Outro membro da organização criminosa, de 52 anos, também foi preso, na última quarta-feira (14/4), em Casa Branca, cidade paulista. Ele era responsável pelo recebimento e desembarque do gado, para posterior negociação pelo líder da quadrilha.
Durante os trabalhos policiais, ainda foram apreendidos diversos bens em nome do suspeito de liderar o grupo, entre veículos, motocicletas, valores em dinheiro, documentos, cartões e títulos bancários, além de materiais utilizados para a adulteração de contratos.
Todas as fases das investigações contaram com o intercâmbio de informações entre as forças de segurança dos estados em que a organização criminosa atuava. Agentes da Polícia Rodoviária Federal, dos postos de fiscalização das rodovias por onde transitavam os alvos, também contribuíram com os trabalhos policiais.
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