Na tarde desta terça-feira, 21, o ex-secretário de Saúde de Poços de Caldas, Thiago Mariano, concedeu uma entrevista coletiva abordando o fim do convênio entre o município e a Santa Casa Paulista, ocorrido após o início da gestão do atual prefeito, Paulo Ney.
Em sua fala, Thiago Mariano questionou a justificativa apresentada pelo prefeito, destacando que, após o rompimento, foi assinado um contrato emergencial com a Santa Casa de Poços de Caldas, com os mesmos valores e termos. Ele também fez uma revelação polêmica, afirmando que, ao final de 2024, não empenhou todas as despesas relacionadas aos serviços da Santa Casa Paulista devido à falta de orçamento. Thiago mencionou que pediu ao então secretário da Fazenda que empenhasse pelo menos os salários dos funcionários da saúde, mas essa solicitação não foi atendida.
O ex-secretário ressaltou que, até o fim de sua gestão, nenhum funcionário contratado via CLT havia recebido salários atrasados, embora tenha reconhecido atrasos razoáveis, de 5 a 15 dias, nos pagamentos aos médicos contratados como pessoa jurídica. Contudo, alguns médicos afirmam estar sem receber desde outubro de 2024.
Thiago fez um apelo ao atual prefeito para que priorizasse o pagamento dos salários pendentes dos funcionários da Santa Casa Paulista.
Em paralelo, a Santa Casa de Poços de Caldas assumiu, de forma emergencial, a gestão da prestação de serviços médicos na cidade, incluindo exames, procedimentos e a contratação de profissionais. O convênio emergencial, com duração de seis meses, foi firmado no valor de mais de R$ 35 milhões.
No entanto, ainda há preocupações entre os profissionais terceirizados nas unidades de saúde de Poços de Caldas, que alegam estar com salários atrasados pela antiga empresa conveniada, a qual teve seu convênio rescindido pela prefeitura. A atual administração, por meio de comissões, está trabalhando para identificar o passivo financeiro e garantir que os recursos devidos aos profissionais sejam pagos.
Em coletiva, o secretário-adjunto de Saúde de Poços de Caldas afirmou que a rescisão do convênio com a Santa Casa Paulista foi motivada pela necessidade de evitar a desassistência à população e que a medida foi respaldada pela Procuradoria Geral do Município.