A jovem Carolina Arruda, de 28 anos, está novamente internada na Santa Casa de Alfenas para novos procedimentos contra a neuralgia do trigêmeo, conhecida como “a pior dor do mundo”.
Segundo a equipe médica, a jovem deu entrada no hospital durante a quarta-feira (13), sem nenhuma intercorrência. O tratamento será realizado no âmbto de um programa de especialização médica do Sistema Único de Saúde (SUS) e envolve diferentes especialidades.
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O tratamento da jovem em Alfenas começou em julho de 2024, após Carolina ter sido convidada devido a repercussão do seu caso nas redes sociais e de sua vaquinha online. Na época, ela passou por duas cirurgias: implante de uma bomba intratecal para administração de fármacos e implantes de neurotransmissores. Inicialmente a jovem teve uma melhora do seu quadro de dor, mas logo a neuralgia do trigêmeo voltou.
Agora, Carolina passará por quatro diferentes cirurgias para tentar acabar com “a pior dor do mundo”, são elas:
- Cirurgia para reposicionamento do neuroestimulador, dispositivo implantado para tentar reduzir a percepção da dor;
- Reabastecimento da bomba de infusão de medicamentos, que libera remédios de forma contínua e precisa ser recarregada a cada dois ou três meses;
- Crioablação para “congelar” o nervo e interromper os sinais de dor que são enviados ao cérebro;
- Infusão de cetamina e outros adjuvantes, aplicada por via venosa, sob monitoramento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Sobre a cetamina
A paciente Carolina Arruda permanecerá em sedação profunda por um período estimado de três a cinco dias para receber tratamento com cetamina. De acordo com o médico responsável, Dr. Carlos Marcelo de Barros, o tempo exato dependerá da resposta da paciente à medicação.
O especialista explica que a cetamina é um anestésico utilizado há décadas e que, nos últimos anos, também passou a ser indicada para casos específicos de dor crônica de difícil controle e para depressão grave resistente a outros tratamentos. A administração só pode ocorrer em ambiente hospitalar, devido ao risco de efeitos adversos, como alterações na pressão arterial, frequência cardíaca, respiração e percepção. Em doses mais elevadas, pode ser necessária a sedação para que o paciente tolere a infusão, como no caso de Carolina.
Segundo o médico, estudos mostram que a cetamina pode reduzir a dor, diminuir a necessidade de opioides e melhorar o humor. No entanto, o uso é restrito a pacientes criteriosamente selecionados e deve ser realizado sempre com acompanhamento de profissionais especializados.
Via Portal Onda Sul