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Operação Saruman: Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão em Poços de Caldas

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A Policia Federal cumpre nesta segunda-feira,16, mandados prisão, busca e apreensão em Minas Gerais, Goiás e São Paulo. Na operação denominada Saruman foram presas duas pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de extorsão. Um dos presos é um gerente da Caixa Econômica Federal, preso em Varginha. A Polícia não divulgou o nome dos suspeitos, o outro é um empresário.

Os policias cumprem mandados de busca e apreensão em Minas Gerais nas cidades de; Belo Horizonte, Uberaba e Poços de Caldas. No estado de São Paulo, na capital paulista e em Ribeirão Preto e em Goiânia em Goiás.

Segundo as investigações o gerente era quem elaborava editais de licitação, contratação e fiscalização dos serviços de empresas de segurança privada que prestavam serviços as agências de Minas Gerais.  O homem ameaçava inviabilizar o recebimento de faturas apresentadas para pagamento pelos serviços, em troca de vantagens, e recebia valores para permitir irregularidades na execução dos contratos, como por exemplo, permitir que uma empresa também investigada na operação, falsificasse guias de recolhimento de FGTS. Com isso, a empresa mensalmente apresentava comprovantes bancários com autenticações mecânicas falsas, podendo receber valores indevidos que nunca foram depositados nas contas dos empregados vinculadas ao FGTS. Ainda de acordo com a Polícia, estima-se que somente esta empresa teria pago cerca de R$1 milhão a título de propina para o gerente do banco. A CEF paga a empresas de segurança privada mais de R$ 9 milhões por mês pelos serviços prestados.

Nesta fase da Operação os bens que foram comprados pelo gerente, serão identificados e apreendidos, entre eles, imóveis, automóveis, além de embarcação de luxo, todos registrados em nomes de terceiros com o objetivo de ocultar o patrimônio.

Os investigados devem responder pelos crimes de concussão – que o uso de cargo público para obtenção de vantagens indevidas, associação criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.

A Caixa divulgou uma nota sobre o caso:

“A CAIXA informa que atuou em colaboração com as investigações da Polícia Federal e mantém cooperação integral com os trabalhos das autoridades. O banco esclarece também que já adotou todas as providências de abertura de processos disciplinares, apuração de responsabilidades e todas as medidas de consequência cabíveis.”