Quase 450 anos. Esta é a soma das penas de todos os presos na operação Audacium, realizada pela Polícia Civil de Poços de Caldas em junho de 2018.
O nome da operação se deu em razão da audácia dos criminosos em praticarem a venda de drogas durante mais de 20 anos há cerca de 500 metros da delegacia. Na época, a operação cumpriu mais de 40 mandados de busca e apreensão.
Ao todo, 22 pessoas foram presas em Poços e no interior de São Paulo. Mais de R$ 8 milhões em imóveis e carros de luxo foram bloqueados pela Justiça.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil um dos principais líderes foi condenado a 43 anos, sendo os demais membros da cúpula condenados a 36 e 30 anos.
Os vendedores que atuavam no ponto de drogas foram condenados a penas entre 22 e 25 anos.
Já os familiares envolvidos no crime de lavagem de dinheiro somaram penas entre 09 e 25 anos.
Entre os condenados estão Thiago Luiz Bacelar, conhecido como Thiaguinho Manco que foi condenado 42 anos de prisão, por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, organização criminosa e outros, Thiaguinho Manco é apontado como líder e dono da boca de fumo e também em ser responsável por coordenar o tráfico no Bairro Vila Nova há 20 anos. Kléber da Silva Pereira conhecido como Ditão era quem orientava os vendedores, foi condenado a 36 anos de prisão. De acordo com o processo, ele coordenava o tráfico de drogas. Juliano Donizeti Moreira recebeu a pena de 29 anos e oito meses de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, associação e outros. André Thomas Peregrino, conhecido como Bomba foi condenado a 29 anos e oito meses de prisão, Bomba também era um dos líderes do grupo.
Julio Cezar Luizi conhecido como Julião recebeu a pena de 29 anos e oito meses de prisão pelos crimes de tráfico, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Lukas Gomes da Silva condenado a 25 anos e quatro meses de prisão, ele era apontado como o gerente e também era olheiro. Talisson William Correa condenado a 22 anos de prisão por tráfico, concurso de crimes, lavagem de dinheiro e associação. Também receberam a mesma condenação Rogério Luis da Fonseca conhecido como Beco e Andre Luiz Veronesi.
Leonardo Silva de Oliveira foi condenado a 14 anos de prisão. João Carlos Teodoro Júnior conhecido Pet foi condenado a 22 anos de prisão. Outro que também recebeu esta mesma pena foi Elvis da Silva Bourget apontado como avião. Tiago Luís Moreira conhecido como Tiago 12 foi condenado a 29 anos e oito meses de prisão, ele era quem controlava a movimentação financeira.
Débora de Sá foi condenada a 13 anos de prisão por lavagem de dinheiro e associação, segundo a sentença, ostentava de um patrimônio incompatível. Ajudava na ocultação e dissimulação do dinheiro, usufruindo do lucro e emprestava seu nome ao figurar como proprietária de dois dos carros do grupo. Também movimentava o dinheiro do tráfico em contas de sua titularidade. Rita de Cássia Bacelar mãe de Tiaguinho Manco também foi condenada a 13 anos de prisão. Rita também apresentava patrimônio incompatível. É colocava imóveis e veículos em seu nome.
Ordalina Maria da Silva mãe de Ditão foi condenada a 25 anos e quatro meses de prisão. Pois realizava depósitos de valores do lucro da boca de fumo, inclusive movimentando contas por meio de transferências para as contas dos demais réus.
Keli Cristina Aparecida de Carvalho recebeu nove anos e quatro meses de prisão. Segundo a setença, ela ostentava do dinheiro praticado pelo marido Juliano.
Neuza de Paula Moreira condenada a 10 anos e seis meses e João Batista Moreira condenado a oito anos e dois meses. Ambos apresentavam patrimônio incompatível com a renda declarada pela família. Michele Merlyn Moreira foi condenada a nove anos e quatro meses de prisão, também tinha patrimônio incompatível e teria ocultado uma chácara em Caldas. Giula Guelere Teixeira namorada de André Thomas foi condenada a nove anos e quatro meses de prisão, pois também ocultava o patrimônio do namorado e tinha faculdade no curso de direito paga por André.