O cantor Nego Moura e o produtor Fubá foram os convidados da edição desta sexta-feira,30, do programa Onda Mais. O bate-papo foi sobre o lançamento da música ‘Okê Arô’ de autoria de Nego e Bruna Fanuchi, produzida por Fubá e Breno Oliani.
A música foi lançada no dia 19 de abril e marca a nova fase da carreira de Nego Moura e os Catioros e integra o disco ‘Camará’, previsto para ser lançado ainda no primeiro semestre de 2021. O single está disponível no Youtube e em todas as plataformas digitais de música.
A data escolhida para o lançamento é um manifesto em apoio as Comunidades Indígenas do Brasil, já que Oxóssi é uma divindade das religiões africanas, também conhecida como orixá, que representa o conhecimento e as florestas. Normalmente, ele é representado pela figura de um homem que tem em suas mãos um arco e flecha, considerado uma espécie de guardião e caçador. Para as religiões africanas, como a Umbanda e o Candomblé, Oxóssi é ligado ao conhecimento e à natureza. Ele sempre enaltece tudo o que ela pode proporcionar, conforme a necessidade humana, por esta razão, ele também é conhecido como o orixá da caça, da fartura e do sustento. Daí a escolha para o lançamento ser marcada também pelo Dia da Resistência Indígena.
Vale dizer que, a produção do disco ‘Camará’ como um todo tem se baseado nas raízes rítmicas africanas, do ijexá ao maracatu, do maculelê ao samba. Mas não é um mergulho trivial: as sonoridades das raízes dos terreiros são exploradas também com uma roupagem moderna, com beats que flertam com o funk, o soul, o hip hop e o pop, misturando a organicidade rítmica dos batuques afro-brasileiros com a estética moderna da música pop e eletrônica.
Segundo Nego Moura, “Okê Arô é a flecha de Oxossi abençoando e abrindo os caminhos para nosso novo trabalho. Okê Arô pra mim e pra Bruna tem um significado de permissão e principalmente renovação. Foi a primeira música, de uma leva imensa de manuscritos que eu fiz durante a quarentena em 2020. A simbologia de providência do Orixá Oxossi, misturada com inúmeras emoções de incerteza, mas também de fé, esperança e confiança no sagrado afro-brasileiro, nos impulsionaram a partir dessa música. O mais importante e gratificante é que tivemos a permissão para a pesquisa, abordagem e argumentação dos temas descritos nas canções. Observando além do sagrado, colocando as religiões espíritas afro-brasileiras na ótica do legado cultural constituído”, explica.
Ainda segundo o artista a ideia é de que o álbum se torne um curta metragem e para isso conta com o apoio de patrocinadores.
Com produção executiva de Chiara Carvalho e Pri Rennó, o disco ‘Camará’ está sendo viabilizado com recursos da Lei Aldir Blanc com o apoio financeiro da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e do Governo Federal, através da Secretaria Especial da Cultura / Ministério do Turismo, em uma realização conjunta da Carvalho Agência Cultural e Camará Records, gravadora independente criada por Nego e os produtores Fubá, Lagunaz e Breno Oliani.
Receba as notícias através do grupo oficial do jornalismo da Onda Poços no seu WhatsApp. Não se preocupe, somente nossos administradores poderão fazer publicações, evitando assim conteúdos impróprios e inadequados. Clique no link abaixo:
https://chat.whatsapp.com/G8amKdctVs53YzKYgyAtMh