Nesta sexta-feira,07, é comemorado o Dia Mundial do Chocolate. Referências apontam que a data foi um marco da introdução do chocolate na Europa no século 15. No solo brasileiro as sementes de cacau chegaram por volta de 1746 como presente ao fazendeiro Antonio Dias Ribeiro, no estado da Bahia.
Desde então, o chocolate se tornou um favorito entre os brasileiros. Os dados mais recentes da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) para 2021 mostram um aumento de 35,88% na produção de chocolate no Brasil em comparação com 2020.
Embora o chocolate seja consumido de diversas formas e ofereça benefícios, é importante estar ciente também de suas desvantagens. A equipe de jornalismo da Onda Poços conversou com o neurologista João Gabriel Pacetti Capobianco, da Unimed Poços, que esclareceu os efeitos do chocolate na atividade cerebral.
“O chocolate tem vários efeitos no cérebro, principalmente devido a algumas substâncias químicas presentes nele, como a feniletilamina, a teobromina, a cafeína e os flavonoides. Feniletilamina, é uma das principais responsáveis pelo prazer que sentimos ao comer chocolate. A feniletilamina atua como um neurotransmissor no cérebro e ajuda a liberar endorfinas, que são substâncias químicas que promovem uma sensação de felicidade e bem-estar”, explica o Dr. Capobianco.
O médico também abordou outras substâncias encontradas no chocolate, como a teobromina e a cafeína. De acordo com o neurologista, o chocolate contém pequenas quantidades desses compostos, que têm um efeito estimulante leve. Eles podem ajudar a aumentar o foco e a concentração, além de ter um efeito diurético leve.
“Flavonoides, o chocolate, especialmente o chocolate amargo, contém altos níveis de flavonoides, que são compostos antioxidantes. Os flavonoides têm sido associados a uma série de benefícios para a saúde, incluindo a promoção da saúde cardiovascular e a melhoria da função cognitiva. Alguns estudos sugerem que eles podem até ajudar a prevenir o declínio cognitivo associado ao envelhecimento”, relata.
Desvantagens
O neurologista destaca que o chocolate é um alimento com alto valor calórico e elevado índice glicêmico. “Seu consumo frequente é em excesso pode contribuir para o ganho de peso e o desenvolvimento de obesidade. A obesidade é um fator de risco para doenças neurovasculares e cardiovasculares. Portanto deve ser consumido com moderação”.
Além disso, João enfatiza que o chocolate pode ser um gatilho para crises de enxaqueca e aconselha aqueles que são diagnosticados com enxaqueca a evitar seu consumo.
Adriene Paulino, nutricionista da Unimed Poços, também foi entrevistada pelo jornalismo da Onda Poços. A nutricionista destaca que o chocolate contém compostos antioxidantes que desempenham papéis importantes no organismo. “É por isso que ele é considerado um Alimento Funcional. Ele possui efeitos anti-inflamatórios, antivirais, antibacterianos, antialérgicos e vasodilatadores. Ele ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares e câncer. Além de conter fibras, minerais e vitaminas, o chocolate é uma fonte de gorduras saudáveis e micronutrientes como magnésio, cobre, manganês, fósforo, potássio e zinco. Ele contém triptofano e estimula a produção de neurotransmissores como dopamina, serotonina e endorfinas. Portanto, o chocolate contribui para a saúde mental, melhorando o humor, o estresse e a cognição, ou seja, a saúde geral. Além disso, o chocolate é um excelente pré-treino”, explica ela.
A nutricionista enfatiza que, para obter todos esses benefícios, o chocolate deve ter um alto teor de cacau, com um mínimo de 60% de cacau, idealmente entre 70% e 85%. “Portanto, tenha cuidado com o chocolate branco e o chocolate ao leite. A quantidade diária recomendada pode variar de 6 a 100 gramas; não há um valor estabelecido, pois depende de cada indivíduo e de suas necessidades”, finaliza.
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