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“Não existem provas concretas e robustas”, dizem advogados de homem acusado de matar maquiadora de Poços

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Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira, 29, os advogados de defesa de Cássio de Sousa Ribeiro, de 27 anos, acusado de ter matado a namorada, a esteticista e maquiadora poços-caldense Daniele Aparecida Capelari Plachi, em dezembro de 2016,  em uma cachoeira em Bandeira do Sul, negaram que ele tenha cometido o crime.

“A versão policial é de que ele tem algum envolvimento com a morte da jovem, porém em três anos e dois meses não foram apresentadas denúncias, porque as provas não são concretas e robustas. O que existem são indícios. Entre a versão policial, que eu respeito, e a do meu cliente, por que a dele é a mentirosa? Por que é ele quem está mentindo?”, diz o advogado de defesa Wanderley de Melo. Cássio foi preso no último dia 22 enquanto estava em um bar em Poços de Caldas.

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Daniele morreu em novembro de 2016. No dia, o casal estava a passeio, segundo a versão apresentada pelo noivo, quando foram tirar uma foto, ele caiu na água e Daniele tentou ajuda-lo, mas se afogou. De acordo com o delegado Tales de Souza Moreira, a equipe responsável pela investigação, por meio dos elementos obtidos, incluindo diversos depoimentos, laudos periciais e reconstituição dos fatos pela perícia criminal, conseguiu demonstrar as contradições do investigado.

Conforme o Delegado, durante as apurações foi levantado que o relacionamento mantido com a vítima era conturbado e que o investigado seria ciumento e possessivo. “Além disso, o celular da vítima foi periciado no Instituto de Criminalística da PCMG e não foram encontradas ‘selfies’ do casal, como alegado pelo investigado. Diversas outras contradições levaram à conclusão pelo homicídio e não apenas um acidente”, explica Moreira.

A investigação foi realizada pela equipe da Polícia Civil em Campestre. O inquérito policial foi concluído com indiciamento do suspeito pelo crime de feminicídio, qualificado pelo afogamento. O procedimento já foi encaminhado à Justiça para providências cabíveis.

“Ele não teve a prisão decretada por conta do fato. Consta no processo uma certidão que ele estava em local incerto e não sabido, foragido nos termos populares. Mas a verdade é que ele estava em Poços e trabalhando com a família. Ao se mudar ele não teve o cuidado de acompanhar o processo. Ele cometeu, talvez, um pequeno deslize de não ter comunicado seu endereço, portanto vou pedir a revogação da prisão”, esclarece o advogado. Cássio está preso em Alfenas.