ONDA POÇOS

Mulher acusa policiais de agressão e tortura psicológica após prisão por desacato em Poços de Caldas

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Uma mulher está acusando policiais militares de violência física e tortura psicológica após ser presa por desacato em Poços de Caldas. Letícia Nascimento, de 30 anos, relatou ao jornalismo da Onda Poços que, no dia 26 de novembro, participava da inauguração de um bar no bairro Jardim São Paulo, região leste da cidade. Por volta da meia-noite, seis viaturas com pelo menos 10 militares chegaram ao local, ordenando o término da música e o fechamento do estabelecimento.

De acordo com a denunciante, os militares utilizaram spray de pimenta, bomba de efeito moral e realizaram revistas nos presentes após a interrupção da música. Letícia afirmou ainda que, indignada, reclamou sobre a abordagem policial e, em meio a essas reclamações, disse que a PM deveria acabar. Isso, segundo ela, resultou em insultos e ameaças por parte da guarnição. O confronto verbal continuou até que Letícia chamou os militares de “porcos fardados”, desencadeando uma reação por parte dos policiais.

A mulher disse que quatro policiais, sem resistência por parte dela, a colocaram de joelhos, com uma arma apontada para a cabeça, algemando-a e anunciando a prisão sob a acusação de “desacato à autoridade”. Durante a condução à traseira da viatura, Letícia disse que continuou expressando reclamações, pedindo que retirassem as algemas, destacando que não estava armada e não representava ameaça. No trajeto, a denunciante relata que os policiais realizaram manobras perigosas, acelerando e freando o carro para que Letícia, algemada e sem condições de se apoiar, se ferisse batendo a cabeça e/ou o corpo no interior da viatura.

Letícia ainda alegou ao jornalismo da Onda que persistiu questionando e reclamando e que, posteriormente, foi levada para um lugar incerto e agredida com seis socos.

O que diz a Polícia Militar

Em boletim de ocorrência registrado no dia do fato, a Polícia Militar relatou que durante a abordagem, Letícia passou a se dirigir aos militares da guarnição com as seguintes palavras: “Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar”, e que, em ato contínuo, passou a chamar os policiais que se encontravam na guarnição de “porcos fardados”. Ainda conforme a PM, de imediato, a mulher foi indagada, porém com muita agressividade, passou a desrespeitar os policiais, dizendo que todos eram porcos imundos.

Foi dada voz de prisão à mulher pelo crime de desacato, mas de acordo com a corporação, esta passou a resistir à prisão, sendo necessário utilizar técnicas de imobilização e algemação. Conforme a polícia, a autora foi conduzida para o registro da ocorrência e, em todo momento, se debatia tentando danificar a viatura para se auto lesionar, sendo necessário que o tenente comandante da equipe abrisse o compartimento fechado da viatura para contê-la e impedi-la de se auto lesionar e danificar a viatura. Logo depois, a Polícia Militar disse que a mulher foi assistida até a Unidade de Pronto Atendimento e que ela se recusou a assinar o termo de compromisso, sendo conduzida para a delegacia para as devidas providências.

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