O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) obteve a condenação de um homem, de 37 anos, por feminicídio praticado, em maio de 2021, em Alfenas, no Sul do estado, à pena de 16 anos e seis meses de reclusão. O Tribunal do Júri da comarca reconheceu que ele, por motivos fúteis e mediante asfixia, matou a companheira, por razões da condição do sexo feminino dela, em contexto de violência doméstica e familiar. Conforme a Justiça, o condenado não poderá recorrer em liberdade.
A denúncia do MPMG apontou que os dois mantinham uma união estável desde 2014, sendo o relacionamento amoroso conturbado, marcado por episódios de violência doméstica, sobretudo em razão dos ciúmes excessivos do denunciado. Segundo apurado, no início do mês de maio de 2021, a mulher, farta das agressões físicas, colocou um fim no relacionamento amoroso e deixou a casa em que vivia com ele.
O homem, contudo, segundo as investigações, não se conformou com o fato e, de forma insistente, ligou e mandou mensagens para a vítima pedindo-a que reatasse o relacionamento, até que, no dia 11, ela, temerosa por alguma reação agressiva contra ela e seu benfeitor, atendeu o desejo dele e retornou para o lar. Foi apurado que as discussões entre o casal se tornaram mais frequentes, principalmente porque o denunciado não conseguia aceitar que a vítima, após ter deixado sua residência, havia ido morar com outro homem. Numa dessas ocasiões, ele a agrediu, asfixiou, causando-lhe a morte.
No júri, o MPMG foi representado pelo promotor de Justiça Frederico Carvalho de Araújo.
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