Uma nota divulgada nesta semana pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), alerta para uma possível relação entre os casos da doença de Half, conhecida como “urina preta” e o consumo de peixes, mariscos e crustáceos sem o selo dos órgãos de inspeção oficiais.
O Brasil tem registrado casos da doença neste ano. Todas as notificações estão sendo acompanhadas por epidemiologistas do Ministério em parceria com os Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária e o Instituto Federal de Santa Catarina.
Sintomas da doença
Segundo o governo, “apresenta rigidez muscular frequentemente associada ao aparecimento de urina escura, que resulta de insuficiência renal. Ela se constitui em um tipo de rabdomiólise, nome dado para designar uma síndrome que gera a destruição de fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro das fibras – como eletrólitos, mioglobinas e proteínas – no sangue”, destaca.
Os primeiros sinais e sintomas podem se manifestar nas 24 horas após o consumo de peixe cozido, lagostim e outros frutos do mar contaminados. “A enfermidade é considerada emergente e, por ter origem desconhecida, enquadra-se como evento de saúde pública (ESP), sendo considerada de notificação compulsória”, diz a nota.
O Ministério orienta a população a ficar atenta na hora de comprar pescados, de forma geral. “Peixes, mariscos e crustáceos comercializados devem conter o selo dos órgãos de inspeção oficiais”, alerta.
Casos
As regiões norte e nordeste do país tem registrado os casos da doença. O Amazonas confirmou ao menos 61 casos de urina preta em dez municípios. Uma mulher de 51 anos morreu.
Tratamento
O Ministério da Saúde aponta que a hidratação é “fundamental nas horas seguintes ao aparecimento dos sintomas, uma vez que assim é possível diminuir a concentração da toxina no sangue, o que favorece sua eliminação através da urina”. Em casos mais graves, pode ser preciso fazer hemodiálise. Ao sentir os sintomas é necessário procurar um médico imediatamente.
Fonte: Agência Brasil
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