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Minas registra melhor ano da história em doações de múltiplos órgãos; saiba como ser um doador

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Minas encerra o ano com mais esperança para quem está na fila de espera por um órgão. O Estado registrou aumento de cerca de 10% de doações de múltiplos órgãos em relação ao ano de 2019, ultrapassando 2,2 mil transplantes realizados somente este ano.

O aumento se deve a uma redução de cerca de 5% na recusa familiar, além do crescimento no número de notificações de potenciais doadores.  As doações de rins estão no topo da lista, com 769 transplantes, de doadores falecidos e vivos.

De acordo com o diretor do MG Transplantes, Omar Lopes Cançado, durante a pandemia foi registrada queda significativa no número de doações e, agora, os números voltaram a crescer, superando o melhor ano da história do Estado, antes da covid-19 – resultado das campanhas de incentivo à doação de órgãos e das inúmeras ações educativas realizadas pelo MG Transplantes (MGTX) e pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) ao longo do ano.

“A campanha Setembro Verde foi muito importante, já que observamos o maior aumento no segundo semestre de 2023. No entanto, os cursos de ‘Capacitação para diagnóstico de morte encefálica e comunicação em situações críticas’, promovidos pelo MGTX, foram de grande impacto para que conseguíssemos realizar um número maior de transplantes em Minas”, destaca o diretor.

Apoio familiar 

Conversar com a família e demonstrar o desejo de ser um doador pode contribuir para que a taxa de recusa familiar diminua ainda mais e os números de doações sejam melhores, já que basta apenas uma resposta positiva dos parentes (até segundo grau) para autorizar a doação.

“As pessoas precisam conversar mais, principalmente dentro de casa, e expor suas ideias a respeito da doação de órgãos. Todos podem ser doadores. Não é preciso deixar nenhum registro em vida. Basta comunicar o seu desejo à família”, explica Omar.

A fila de espera por órgãos e tecidos para transplantes em Minas Gerais soma, atualmente, 6.488 pessoas.

Para 2024, a meta continua sendo aumentar ainda mais as doações. “Esperamos que com o início da política de Incentivo Estadual para Doações e Transplantes, que conseguimos em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), esses números melhorem ainda mais”, afirma Omar.

Sobre a doação de órgãos

A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos (córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical).

A doação de alguns órgãos como o rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. Um único doador pode salvar mais de dez pessoas.

Para a doação de órgãos de pessoas falecidas, somente após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica é que o procedimento pode ser realizado.

O mais comum é que ocorra com pessoas que sofreram algum tipo de acidente que provocou traumatismo craniano ou que foram vítimas de um acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica – interrupção irreversível das atividades cerebrais.

Em caso de dúvidas da população, podem ser esclarecidas pelo telefone 0800-2837183 ou na página www.saude.mg.gov.br/doeorgaos.

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