O estado foi condenado a pagar uma indenização no valor de R$2 milhões a um artista plástico preso injustamente por 18 anos. Eugênio Fiúza Queiroz foi confundido com o “maníaco do Anchietta”, autor de crimes de estupro em Belo Horizonte na década de 90. Nesta quarta-feira,23, o governador Romeu Zema recebeu o artista plástico e pediu desculpas em nome do estado.
Em abril deste ano, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) manteve condenação do Estado e estabeleceu em R$ 2 milhões o valor da indenização por danos morais a um artista plástico preso injustamente por 18 anos. A Justiça já havia condenado em primeira instância o Executivo estadual. Segundo a Advocacia-Geral do Estado (AGE-MG), desde 2016 o artista recebe pensão mensal no valor de cinco salários mínimos. A pensão vitalícia foi mantida por unanimidade no último julgamento do TJMG.
No encontro o governador garantiu que não irá recorrer da decisão judicial.
O artista foi preso em 1995 após ser apontado por testemunhas como autor de estupros contra mulheres em Belo Horizonte. Ele foi condenado a 37 anos de prisão, mas a sua história só foi esclarecida em 2012, quando Pedro Meyer Ferreira Guimarães, o verdadeiro autor dos crimes, foi reconhecido por uma vítima. Eugênio Fiúza foi libertado da prisão em 2014.
“Eu volto a acreditar na política mineira e brasileira. (Hoje) é um bom dia, que o Estado está tomando consciência de que foi errado, omisso”, afirmou o artista plástico após o encontro com o governador.
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