A abertura de empresas em Minas Gerais alcançou o melhor desempenho dos últimos seis anos no mês de abril, com a marca de 9.021 novos empreendimentos registrados no período. O número equivale a 300 empresas abertas por dia, superando em 27,6% a média de 2023, que foi de 235 constituições empresariais diárias.
Os dados compõem o último relatório mensal da Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), entidade vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), responsável por movimentações como abertura, alterações e encerramentos empresariais.
“Os números refletem o trabalho do Governo de Minas, que facilita, desburocratiza e faz com que o ambiente de negócios seja o mais livre possível. Minas Gerais é hoje um grande atrativo não só no Brasil, mas internacionalmente, para qualquer empresa que busca um lugar para produzir, gerar empregos e fomentar a economia”, afirma o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.
Desburocratização
Segundo a Jucemg, os números de abril ultrapassam em mais de 44% o volume verificado no mesmo período de 2023, que teve 6.261 registros. Representam ainda o melhor desempenho para o mês de abril desde 2019, quando a entidade passou a disponibilizar a ferramenta de totalização em tempo real dos registros mercantis.
A presidente da entidade, Patricia Vinte Di Iório, reforça a importância das ações do Estado no sentido de melhorar o ambiente de negócios.
“Em sintonia com os esforços do Governo de Minas, a Jucemg tem buscado, com muita energia, implementar ações concretas para facilitar a vida de quem quer empreender em Minas. É o caso, por exemplo, da ampliação do número de atividades classificadas como de baixo risco”, comenta Patrícia.
A presidente se refere à publicação, em 6/4, da resolução 03/2024 do Comitê Gestor Estadual da Redesim-MG, coordenado pela Jucemg, que ampliou de 701 para 730 o número de atividades que não dependem mais do ato público de dispensa de alvará para começar a funcionar.
Em 2024, já são 32.465 novos empreendimentos abertos em todas as regiões de Minas, o que representa aumento de 14,35% no comparativo aos quatro primeiros meses de 2023, quando foram abertos 28.391 novos negócios.
Desempenho por atividade econômica
Por segmento, todos os setores – indústria, comércio e serviços – registraram alta, entre janeiro e abril deste ano, em relação ao mesmo período no ano passado. O setor de serviços foi o que obteve maior crescimento, com 15,78% no período comparado. Foram 23.507 constituições nos quatro primeiros meses deste ano, 3.203 a mais em relação a 2023.
Já o setor industrial avançou 13,97% no comparativo entre os períodos. No acumulado do ano, foram abertos 1.615 empreendimentos industriais, enquanto, em 2023, foram 1.417 indústrias. O comércio registrou alta de 10,07% nas formalizações. Foram 7.343 empreendimentos formalizados no primeiro quadrimestre de 2024, contra 6.671 do mesmo período do ano passado.
Ranking regional
No acumulado do ano, as regiões que mais abriram novos negócios em proporção foram: Noroeste (25,05%), Sul de Minas (21,05%), Triângulo (18,91%), Alto Paranaíba (16,63%), Rio Doce (16,01%) e Centro-Oeste (13,94%).
Em sequência, aparecem: Zona da Mata (13,34%), Central (13,23%) e Jequitinhonha/Mucuri (10,48%), O Norte de Minas foi a única região que abriu menos empresas no comparativo do ano, com queda de 3%.
Ranking municipal
Belo Horizonte, capital do Estado, segue com o maior número de formalizações de empresas entre janeiro e abril deste ano. Foram 8.685 novas empresas no período, sendo 2.399 em abril.
Na sequência, no acumulado do ano, estão Uberlândia (1.955 no ano e 516 em abril), Contagem (1.079 e 313); Juiz de Fora (866 e 258); Uberaba (673 e 186); Montes Claros (658 e 174); Betim (488 e 115); Divinópolis (469 e 137); Ipatinga (436 e 114) e, para completar, Governador Valadares (417 e 127).
Encerramentos
Em relação aos encerramentos, 20.943 empresas fecharam as portas nos primeiros quatro meses de 2024, uma variação de 22,98% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram computadas 17.029 baixas. Em abril, as extinções ficaram em 5.409.
As extinções não superaram, em nenhum dos períodos analisados, o número de constituições.
O balanço da Jucemg considera empresas de qualquer porte, com exceção dos MEIs (microempreendedores individuais), cujas inscrições são realizadas diretamente no Portal do Empreendedor do Governo Federal, sem passar pelas juntas comerciais estaduais