Luiz Henrique Mandetta não é mais ministro da Saúde. A decisão foi tomada na tarde desta quinta-feira (16) pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), após reunião entre ambos no Palácio do Planalto, convocada por Bolsonaro.
O substituto deve ser o oncologista Nelson Teich, que chegou a ser cogitado para o cargo durante a campanha das eleições de 2018.
A saída de Mandetta já era sinalizada há alguns dias, e a relação entre o ex-ministro e o chefe do Executivo vinha se desgastando por causa de visões divergentes sobre a condução da pasta em meio à pandemia mundial do novo coronavírus. Na quarta-feira (15), o ex-ministro, que é filiado ao DEM, declarou à imprensa que ficaria no cargo somente até a sua substituição ser oficializada.
No último domingo, em entrevista ao “Fantástico”, da Rede Globo, Mandetta afirmou estar havendo uma “dubiedade” nas informações do governo. Foi uma referência ao fato de que, enquanto o Ministério da Saúde destaca a necessidade de isolamento social como forma de contenção do vírus, o presidente se concentra em defender o retorno das atividades como forma de prevenir o agravamento da crise econômica. Em resposta à entrevista, na segunda-feira, Bolsonaro disse a apoiadores que iria “resolver o problema” da Saúde ainda nesta semana.
Mesmo antes de oficializar a demissão, na manhã desta quinta-feira, Bolsonaro se reuniu com Nelson Teich. O presidente também se encontrou com o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Lincoln Lopes Ferreira.