Nesta quinta-feira, 10 de outubro, o Major Rovigo Tosatti, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, esteve presente no Programa Onda In Foco da Rádio Onda. Na conversa, o major Tosatti abordou dois temas importantes como o grande período de estiagem que aconteceu esse ano e sobre o as chuvas que estão começando.
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O major destacou que o ano de 2024 foi particularmente difícil para o Corpo de Bombeiros devido ao grande número de queimadas no Estado. Em 2024, Minas Gerais registrou um número recorde de queimadas, com mais de 24 mil ocorrências de incêndios. Esse número é superior ao registrado em 2021, quando foram registrados o maior número de incêndios florestais da história do estado.
Na região de Poços de Caldas que corresponde a 60 municipios, por exemplo, o números de focos de incêndio foi quase o dobro do mesmo período de 2023. No ano passado foram 253 focos de incêndio, esse ano os números passaram para 457 focos. O major destacou que 90% das queimadas são criminosas, provocadas por ação humana, intencional ou não.
Só esse ano, 216 pessoas foram detidas suspeitas de provocar incêndios em Minas Gerais. Destas, 76 foram presas suspeitas de causar queimadas em áreas de vegetação nos últimos dois meses. O major Tosatti pede que os proprietários de lotes na áreas urbanas deixem sempre os locais limpos e sem mato; pede também que motoristas não joguem cigarros ou lixo na beiras das estradas.
Ele disse que produtores rurais são sempre orientados a não colocar fogo com a “desculpa” de renovar o pasto porque na grande maioria das vezes eles perdem o controle das chamas e o incêndio acaba se espalhando por uma área muito grande podendo afetar as matas e matando os animais silvestres.
No segundo bloco da entrevista, aproveitamos que as chuvas começaram e abordamos um assunto importante e que serve de alerta a todos: o período chuvoso, que traz com ele os perigos de alagamento e enxuradas nas zonas urbanas e mortes por afogamento em lagos, rios e cachoeiras.
O Major destacou que é muito importante entender que não se deve beber e nadar em rios, cachoeiras, açudes ou lagos. As águas escuras desses locais escondem perigos que estão invisíveis aos olhos, como pedras, buracos, troncos de árvores, redemoinhos causados pelas correntezas etc. Ele frisou que o melhor seria não nadar nesses locais, mas que se for nadar, a precaução é a melhor forma de evitar acidentes e até a morte por afogameno.
Rovigo Tosatti pede que os banhistas não bebam antes nadar porquê o álcool diminui os reflexos e agilidade corporal e de raciocínio. Ele pede atenção especial com as crianças. Os pais devem estar alertas 100% do tempo para evitar surpresas desagravéis.
Em relação à enxuradas em área urbana, o major pediu para qque as pessoas evitem atravessar à pé ou de carro locais onde há enxurrada ou alagamentos. “As pessoas nunca sabem o que tem debaixo da água. Pode ter uma boca-de-lobo aberta, um buraco onde o pé da pessoa pode ficar presa ou até mesmo o pneu do carro, levando perigo à vida. Por último, o major também pediu para que os motoristas evitem deixar os carros estacionados debaixo de árvores para evitar acidente com quedas de troncos e galhos.