Uma jogadora de 13 anos da equipe de Campestre foi alvo de injúria racial durante uma partida do Campeonato Mineiro Cadete de Handebol, realizada na última quinta-feira, 19, no ginásio poliesportivo da cidade. A adolescente foi chamada de “macaca” e “gorila” por uma atleta da Caldense, de 19 anos, que acompanhava a partida das arquibancadas.
Segundo relato da mãe da vítima, os insultos foram direcionados à jogadora sempre que ela tocava na bola. Após confrontar a jovem suspeita, a mulher recebeu respostas irônicas e acionou a Polícia Militar. Quando os policiais chegaram ao local, a acusada já havia deixado o ginásio. Ainda assim, os agentes colheram depoimentos de testemunhas e conseguiram identificá-la, registrando um boletim de ocorrência que foi encaminhado à Polícia Civil para as providências cabíveis.
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A Federação Mineira de Handebol (FMH) repudiou publicamente o caso e informou que já instaurou um processo disciplinar para apuração dos fatos. Em nota, a entidade afirmou que “o ato de racismo fere os valores do esporte e a dignidade humana”. Como medida cautelar, a FMH determinou a suspensão preventiva da atleta da Caldense de todas as competições organizadas pela Federação e pela Confederação Brasileira de Handebol. Ela também está proibida de frequentar os locais de jogo, inclusive como espectadora, até o julgamento definitivo do caso.
A Prefeitura de Campestre também se manifestou, classificando o episódio como uma grave violação dos direitos humanos e reafirmando o compromisso com a promoção de um ambiente esportivo inclusivo e respeitoso.
Ao jornalismo da Onda Poços, a assessoria de comunicação da Caldense, informou que o departamento jurídico está apurando o caso para que o clube se pronuncie sobre o ocorrido.
Apesar do incidente, a partida foi finalizada com vitória da Caldense, de Poços de Caldas, por 26 a 11. As equipes voltam a se enfrentar neste sábado, 21, encerrando a fase classificatória do torneio.