A inflação no mês de julho ficou em 0,38%, acima do índice de 0,21% registrado em junho. O resultado foi puxado principalmente pelo preço da gasolina, passagens de avião e energia elétrica. Em 12 meses, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial, acumula 4,5%, no limite superior da meta de inflação do Banco Central.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior pressão inflacionária ficou com o grupo transportes, o principal aumento veio da gasolina, que subiu 3,15%. Esse resultado foi influenciado pelo reajuste de 7,12%, anunciado pela Petrobras no dia 8 de julho.
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As passagens aéreas ficaram 19,39% mais caras em julho. Segundo o gerente do IPCA, André Almeida, as férias escolares de julho favoreceram o aumento nos preços dos bilhetes de avião.
A terceira maior influência individual para a aceleração da inflação em julho foi a tarifa de energia elétrica residencial que subiu 1,93%. Em agosto, o governo anunciou a volta da bandeira verde, o que representa menos pressão na inflação do mês corrente.
Somadas, as inflações da gasolina, da passagem aérea e da energia elétrica representam 0,35%, enquanto o IPCA total do mês ficou em 0,38%.
O preço dos alimentos e bebidas caíram 1% em julho e deram o maior alívio para a inflação (-0,12 p.p.). As principais quedas foram do tomate (-31,24%), cenoura (-27,43%) e cebola (-8,97%).
A meta de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.