A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou inquérito policial para apurar a conduta de um homem, de 21 anos, que teria participado de uma festa depois de apresentar sintomas da Covid-19, desrespeitando orientação para permanecer em isolamento social. O fato ocorreu em Andradas, Sul do estado.
A Delegada Michele Cristine da Rocha enfatiza que esse tipo de conduta pode gerar consequência grave para toda a população. “Mesmo consciente de que poderia estar contaminado pelo novo coronavírus, que depois inclusive se confirmou, ele teria participado de uma festa, no fim de semana. A conduta do organizador do evento também está sendo apurada”, esclarece.
Os fatos chegaram ao conhecimento da PCMG por meio da Vigilância Sanitária, pois o homem estava sendo monitorado devido à suspeita de Covid-19. O investigado teria participado da festa, no último sábado (11), em uma chácara na zona rural de Andradas. Na segunda-feira (20), o exame foi realizado e o resultado deu positivo para a doença.
Até o momento, estima-se que entre 30 e 50 pessoas tenham participado da festa. Os convidados serão ouvidos pela Polícia Civil, e a Vigilância Sanitária irá monitorá-las. “Já oficiamos ao órgão para que nos informe sobre o acompanhamento dessas pessoas, para que, caso alguma delas teste positivo ou tenha sintomas, nós sejamos informados”, completa a Delegada.
O homem e o organizador da festa são suspeitos de exporem a vida e a saúde de outras pessoas a risco, infringindo ainda regras determinadas pelos Poderes Públicos. “Eles estão sendo investigados pelos crimes dos artigos 131, 132 e 268 do Código Penal”, detalha Michele.
O Delegado Fabiano Roberto Mazzarotto Gonçalves acrescenta que o homem ainda pode responder por crime mais grave. “Se alguém que entrou em contato com a pessoa diagnosticada com Covid-19 vier a falecer, ela poderá responder por lesão corporal gravíssima ou até mesmo homicídio”, explica.
A Delegada Michele alerta as pessoas para que denunciem esse tipo de conduta à polícia ou à Guarda Municipal. “Nós esperamos que não sejam mais necessárias instaurações de inquéritos policiais nesse sentido. Todavia, não hesitaremos em fazê-las se for preciso”, conclui.
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