Foi sepultado em Divinolândia (SP), na tarde desta terça-feira (2), o corpo de João Felipe Lopes Gimenez, de 30 anos, morto a tiros pela companheira na manhã de segunda-feira (1º). O velório e o enterro ocorreram no cemitério municipal da cidade paulista, onde familiares e amigos acompanharam a despedida.
O crime aconteceu em uma chácara na Rua das Torres, no bairro Terras de Santo Antônio, região que fica na divisa entre Poços de Caldas e Caldas. Segundo a Polícia Militar, o caseiro da propriedade, de 55 anos, presenciou a ação e relatou que a vítima chegou exaltada, fazendo ameaças à mulher por telefone. Minutos depois, a advogada de 53 anos chegou ao local e, após uma discussão, efetuou dois disparos contra o companheiro, atingindo-o na cabeça.
Clique aqui e acesse o grupo de notícias da Onda Poços no WhatsApp 📲
Ainda conforme o caseiro, após os tiros, a mulher acionou o SAMU e a PM e deixou o local afirmando que iria se apresentar na delegacia. O serviço funerário esteve na chácara e realizou a remoção do corpo. Moradores também relataram à polícia que o casal possuía histórico de conflitos e ameaças anteriores.
A suspeita se entregou à Polícia Civil por volta das 15h30 de segunda-feira e prestou depoimento por cerca de quatro horas na Delegacia. A PCMG informou que, por ela ter se apresentado espontaneamente, não houve requisitos de flagrante, e por isso foi liberada após os esclarecimentos.
Durante depoimento, a mulher relatou manter relacionamento com a vítima há cerca de um ano e meio e afirmou que o homem fazia uso de medicamentos controlados, consumia bebidas alcoólicas e a ameaçava com frequência devido a um processo de inventário. Ela também disse que, no domingo (30), o companheiro danificou o portão da chácara e arremessou pedras no imóvel — ocorrência para a qual a PM foi acionada, mas o homem deixou o local antes da chegada da viatura.
Em entrevista ao programa Poços em Foco, da Onda Poços, os advogados de defesa, Fabiano Vitti e Ricarth Santiago Bandola de Oliveira, afirmaram que a cliente agiu em legítima defesa. Segundo eles, a mulher vinha sendo vítima de extorsão, ameaças e abusos praticados pelo companheiro. A defesa declarou ainda que ela possuía autorização judicial para posse de arma e que, na noite anterior ao crime, dormiu fora de casa por medo das agressões. Ao retornar na manhã de segunda-feira, teria encontrado o homem acampado próximo à residência, quando ele voltou a ameaçá-la, levando aos disparos.
A Polícia Civil segue apurando o caso e investigando todas as circunstâncias que levaram ao homicídio.






