A 7ª fase da Operação Sinergia, conduzida pelo Ministério Público (MP), foi deflagrada nesta quarta-feira (04), com o objetivo de desarticular um esquema de fraudes tributárias envolvendo empresas do setor de produção, comercialização e reciclagem de metais e sucata.
A operação acontece em 16 cidades de oito estados brasileiros: Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Pará, Ceará, Paraíba e Maranhão, com 36 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos em residências de empresários, sedes de empresas e transportadoras.
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Em Minas Gerais, a operação ocorre em Guaxupé, Capitólio, Belo Horizonte, Betim, Contagem, Pará de Minas e Pequi. Os envolvidos são investigados por sonegação fiscal, associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Segundo o MP, entre 2020 e 2024, o esquema causou um prejuízo de aproximadamente R$ 900 milhões aos cofres públicos de Minas Gerais.
As investigações apontam que empresas produtoras de fios e vergalhões adquiriram sucata sem nota fiscal, utilizando empresas fantasmas para forjar operações simuladas e regularizar estoques. Além disso, foi identificada a transferência de créditos frios de ICMS, usados para sonegar impostos e realizar vendas interestaduais de forma irregular.
O esquema consistia em empresas fantasmas sendo registradas em endereços de outras atividades legítimas para simular aparência de regularidade fiscal. Documentos falsificados, como comprovantes de pagamento e registros de transporte fraudulentos, sustentavam o esquema, dificultando sua detecção por métodos tradicionais de investigação.