Desde o início das atividades do serviço militar obrigatório da turma de 2023 no Tiro de Guerra de Poços de Caldas, atiradores em formação não estão tendo acesso à gratuidade no transporte público municipal.
Uma moção de apelo, aprovada na Câmara de Vereadores nesta terça-feira, 28, de autoria do vereador Diney Lenon e assinada também por outros 11 parlamentares, pede o retorno da gratuidade, que é previsto através do Art. 3º da Lei Municipal 8.846/2012.
A lei garante tal direito aos atiradores do Tiro de Guerra, no horário de 5 às 9 horas, desde que fardados e que apresentem documento de identificação.
Ao jornalismo da Onda Poços, o subtenente do Exército, chefe de instrução do Tiro de Guerra 04021, Denis Marins, lamentou que os atiradores não estejam recebendo gratuidade. “Fizemos o levantamento e atualmente 80 atiradores dependem do transporte coletivo. Alguns estão vindo de carona, com pai e mãe e até mesmo a pé de bairros distantes. Temos atiradores que moram nas regiões Sul e Leste, em bairros afastados. Mais de cinco atiradores foram desligados, terão que voltar no ano que vem, porque estão sem condições para se deslocarem ao quartel”, disse.
O que diz a Floramar
A assessoria de imprensa da empresa Floramar, informou que a fonte de custeio da gratuidade para os atiradores acontecia através das propagandas afixadas na traseira dos ônibus da Circullare, empresa que até o ano passado prestava o serviço de transporte público coletivo na cidade. Disse, também, que com o novo contrato de concessão, a Floramar manifestou que não tinha interesse de explorar o busdoor, o que tornou inviável a liberação da gratuidade aos atiradores.
A secretaria de Governo da Prefeitura de Poços de Caldas, informou que uma reunião para tratar do assunto será realizada nesta quinta-feira, 30, com representantes da empresa. “Isso não pode, porque estão descumprindo o que determina a lei que possibilita a gratuidade”, informou Paulo Ney de Castro Junior, secretário de Governo.
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