Tem se tornado frequente ver perfis nas redes sociais anunciando retornos financeiros imediatos, desde que haja um “suposto investimento” antes. Seja no valo de R$50,00 até R$2.000, que os golpistas pedem para as vítimas.
Um dos golpes mais vistos, é do pix, onde criminosos surgem com a proposta de retorno financeiro em até 48 horas. A possibilidade de supostamente investir R$50,00 e ter R$3.000 de retorno parece encantadora e é nessa hora, que o pesadelo começa. A vítima faz o suposto investimento, não tem o retorno financeiro e ainda perde o acesso a sua rede social, que passa a ser usada pelos criminosos para atrair mais vítimas.
O jornalismo da Onda Poços conversou sobre o assunto com o professor doutor do curso de Ciência da Computação, da Puc Minas, Campus Poços de Caldas, João Benedito dos Santos Júnior.
O professor explicou que os golpistas utilizam duas estratégias para atrair as vítimas no espaço cibernético. “A primeira é conhecida por “Phishing” (pescaria), em que uma isca é preparada e enviada para um número grande de pessoas, sem que o atacante tenha conhecimento sobre as pessoas que irão receber essa isca. Essa isca pode ser um link, uma mensagem, imagem, notícia, dentre outros conteúdos. Neste caso, quando alguém resolver acessar essa isca, informações sobre o dispositivo e sobre essa pessoa, são enviadas ao golpista”, explica.
A segunda estratégia, leva um nome mais sofisticado segundo o professor, trata-se da ‘Engenharia Social’. “ Neste caso, o golpista ou criminoso estuda o comportamento da potencial vítima, geralmente utilizando informações que são postadas em redes sociais. Escolhida a vítima, conteúdos são produzidos e enviados diretamente para a pessoa, sempre com aspectos que aparentam credibilidade, para que a pessoa receptora acredite que está conversando e/ou negociando com uma fonte confiável”, relata.
O professor ainda orienta a população sobre como prevenir que uma pessoa tenha acesso ao ser perfil. “As plataformas digitais, as plataformas de redes sociais e os aplicativos, de um modo geral, possuem mecanismos para inibir o acesso não autorizado de impostores e/ou golpistas/ criminosos. E muito importante conhecer esses mecanismos específicos de cada plataforma. Uma estratégia interessante é criar um endereço de e-mail secreto, que não será utilizado e nem divulgado. Esse endereço também não será utilizado no dispositivo (smartphone ou notebook) de uso cotidiano, mas servirá, exclusivamente, para recuperação de senhas e códigos de acesso. A caixa postal vinculada a esse endereço de e-mail deverá, preferencialmente, ser aberta e visualizada em um computador (ou notebook) seguro e que esteja sempre nas mãos do seu proprietário; além disso, essa caixa postal não deverá ser sincronizada com navegadores e nem com outros dispositivos, para que os aspectos mínimos de segurança sejam preservados. Então, em todos os perfis do usuário em plataformas, redes sociais e aplicativos, deve-se configurar as verificações de acesso, recuperação de senhas e envio de códigos de acesso para esse endereço de e-mail, que somente o proprietário das contas terá acesso”, orienta.
Por fim, o professor também comentou sobre quando as pessoas devem desconfiar das propostas financeiras que exijam um investimento. “No Mundo Digital e no Espaço Cibernético, nosso comportamento não deve ser muito diferente daquele que temos no mundo real, nosso cotidiano. Se recebo algo que não pedi, devo desconfiar da oferta, pois as chances de ser um golpe são muito grandes. Além disso, qualquer oferta que esteja fora da realidade daquilo que é praticado no mercado financeiro e/ ou no comércio, de um modo geral, não deve ser levada adiante, pois também representa uma tentativa de golpe, na maioria absoluta das vezes”, finaliza.
A Polícia Civil de Minas Gerais também traz orientações para que as pessoas se previnam contra estes golpes.
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