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Geriatra da Unimed Poços comenta sobre o HIV na 3ª idade

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Em Poços de Caldas, no ano passado foi registrado apenas um caso de HIV em uma pessoa de 60 anos. Neste ano, nenhum caso foi registrado, conforme apurado junto a Secretaria Municipal de Saúde. Mas como uma forma de prevenir contra o vírus, o jornalismo do Grupo Onda ouviu a médica geriatra da Unimed Poços, Danielle Amoêdo.

A médica explica que a forma de contagio pelo vírus do HIV não se diferencia entre idosos e mais jovens. “Ele se dá através de relações sexuais oral ou anal com o parceiro infectado e de forma desprotegida. Entre os idosos o uso de preservativo por vezes ainda é um obstáculo a ser enfrentado já que em um passado não tão distante esse não era um assunto abordado para os maiores de 60 anos. Outras formas de contágio devem ser valorizadas como utilização de instrumentos perfuro cortantes – agulhas, seringas, alicates – com fluidos e/ou sangue onde o vírus do HIV esteja presente”, explica.

Grupo de risco

A geriatra explica ainda que, como a principal via de contágio é através do ato sexual, a população 60 + é mais vulnerável ao contágio devido à pouca lubrificação no momento do ato sexual e também fragilidade do sistema imunológico próprios do envelhecimento normal.

Campanha

A médica pontua que não existe uma campanha específica para o público da terceira idade em prevenção ao HIV, mas reforça sobre a campanha Dezembro Vermelho, realizada anualmente com o objetivo de alertar a população geral sobre riscos e prevenção do HIV.

“No Brasil todo temos centros de referência para doenças sexualmente transmissíveis onde são regularmente desenvolvidas ações preventivas e acolhimento para tratamento adequado. No caso da cidade de Poços de Caldas a referência é o DST Aids, departamento de saúde pública”, relata.

Tratamento

De acorda com a médica, quando uma pessoa infectada for diagnosticada pelo HIV, não necessariamente desenvolverá AIDS, que seria a manifestação da doença provocada pelo vírus do HIV. “Por essa razão, assim que realizado o diagnóstico, o paciente deve procurar o centro de referência de DSTs da cidade que reside e após uma avaliação médica ser iniciado o tratamento adequado para a manutenção da imunidade reduzindo assim a chance da doença levar a pessoa idosa a morte. É importante levarmos em consideração que quanto antes iniciado o tratamento menor a chance do vírus HIV aumentar no sangue e levar a AIDS”, explica.

Outro ponto abordado com a médica geriatra foi sobre os impactos que podem serem causados quando a doença for descoberta, considerando que a sexualidade da terceira idade não ser muito abordada. “Sabemos que trabalhar a sexualidade da pessoa idosa não é algo rotineiro nos dias atuais, porém, com acesso à internet, TV, rádio, e o aumento da expectativa de vida da população brasileira, todos, independentemente da idade, estão buscando mais informação e isso é um fator positivo pois quando se tem acesso, mais se previne e se na pior das hipóteses, se houve diagnóstico HIV positivo o tratamento é feito de forma precoce. Uma comprovação disso é a última estatística oferecida pelo Ministério da Saúde em novembro de 2022 onde mostra uma elevação de 04 vezes nos diagnosticados por HIV entre idosos e isso se deve não pelo aumento de casos, mas, por maior procura aos serviços de saúde e diagnóstico rápido. Quem ganha com isso com certeza é a população”, finaliza.

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