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Funcionária acusa gerente de loja pet de crime contra a honra em Poços de Caldas

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Um caso envolvendo constrangimento no ambiente de trabalho e acusação de crime contra a honra levou a Polícia Militar até uma unidade de uma rede nacional de lojas de produtos para animais de estimação, localizada na Avenida João Pinheiro, em Poços de Caldas. O caso, que foi registrado pela PM, também foi relatado pela funcionária ao jornalismo da Onda Poços.

Segundo o relato da funcionária da Petz, ela teria faltado ao trabalho no dia 10 de junho por orientação médica, após sofrer um ferimento íntimo. Ela contou que teve uma relação sexual com seu companheiro e esqueceu de retirar o absorvente interno (OB), o que causou lesões. A médica que atendeu recomendou repouso, e a funcionária apresentou atestado médico justificando a ausência.

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Ela afirma que confidenciou o motivo da falta à gerente administrativa da loja e pediu sigilo. No entanto, ao retornar ao trabalho no dia seguinte, relata ter sido constrangida pelo gerente de operações da unidade, que teria feito questionamentos sobre sua vida íntima. A funcionária acredita que a situação pessoal foi compartilhada com outros funcionários, o que teria ampliado o constrangimento.

Ela diz estar abalada psicologicamente em razão do episódio e obteve um laudo médico que recomenda seu afastamento do trabalho por 15 dias. O caso está sendo acompanhado por advogados da funcionária, que pretendem recorrer à Justiça para garantir seus direitos e apurar a responsabilidade dos envolvidos.

Após relatar o ocorrido ao seu companheiro, ele foi até a loja para tirar satisfações com a equipe de gestão. De acordo com a versão da gerência, registrada em boletim de ocorrência, o homem teria proferido frases consideradas ameaçadoras, como “vamos resolver isso na Justiça e lá fora como homem” e “sei onde vocês moram”. A gerente administrativa e o gerente de operações disseram à polícia que se sentiram ameaçados pelas declarações.

Na loja, um dos policiais foi até o setor onde a funcionária trabalha, uma sala de vidro destinada ao serviço de banho e tosa, para ouvi-la. Ela relatou que se sentiu ainda mais constrangida com a situação, já que clientes estavam presentes na unidade no momento em que conversava com o militar.

O companheiro da funcionária também falou ao jornalismo da Onda Poços. Ele confirmou que entrou na loja e disse que “lá dentro ia resolver na Justiça e lá fora como homem”, mas negou ter feito qualquer tipo de ameaça aos funcionários. Disse ainda que ficou muito nervoso ao saber do constrangimento que sua companheira estaria enfrentando e foi ao estabelecimento exigir respeito. Ele recebeu voz de prisão no local, mas, por se tratar de um crime de menor potencial ofensivo, foi liberado após assumir o compromisso de comparecer ao Juizado Especial Criminal de Poços de Caldas, conforme previsto na legislação.

Procurada, a rede de lojas ainda não se manifestou sobre o ocorrido.