ONDA POÇOS

Exposição “Narrativas do Inconsciente: Vermelho” anuncia MIA Imergências

Obra de Malu Reno

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A MIA – Mostra Integrada de Artes dá início à edição 2022 com a exposição coletiva “Narrativas do Inconsciente: Vermelho”, nesta sexta, 05 de agosto, às 14h, no Museu Histórico e Geográfico de Poços de Caldas, onde são apresentados uma série de trabalhos que enfatizam, por meio da cor em questão, o transbordar inconsciente do repertório visual de cada artista participante.

Na sexta também está previsto um bate-papo dos artistas com a psicanalista Tânia Carlos.

A exposição, que ficará aberta para visitação até o dia 28 de agosto, realiza o desejo do grupo de artistas de compartilhar o resultado da experiência do curso online “Narrativas Gráficas através do inconsciente”, mediado pelo artista visual DW Ribatski, curitibano residente em São Paulo, curador do projeto.

O curso reuniu um grupo diverso de diferentes cidades do Brasil durante um ano, no período do isolamento social. Para alguns a participação começou como uma válvula de escape do estresse da pandemia e aos poucos o processo foi se transformando em um redimensionamento profissional e uma (re) entrada no campo das artes visuais. Para o núcleo duro, que se manteve unido desde junho de 2021, realizar o projeto da exposição coletiva, cuja primeira mostra foi em junho de 2022, em São Paulo, possibilitou sair da virtualidade para levar aos olhos do público o resultado conjunto desse processo.

Artistas com trabalhos na exposição: Jaqueline do Futuro (PR), LIU (MG), Sandra O. (RJ), Renata Brasil (SP), Oda Moura (SP), Oran Kalil (SP), Malu Reno (MG), DEL (SP), Nina Schubart (DF), Felipe Corsini (SP).

Cada artista tem sua versão de como a ideia da cor “vermelha” surgiu como mote e as trocas durante a concepção, criação e o resultado das obras refletem essa diversidade do repertório inconsciente do grupo, tanto da camada pessoal, em uma perspectiva freudiana, quanto na camada mais profunda da psique humana, a do inconsciente coletivo, trazido por Carl Jung, composta por materiais comuns a todos os seres humanos. Essa reflexão que perpassa as obras e o campo psicanalítico, será apresentada pela psicanalista Tânia Carlos, que acompanhou o processo do grupo e fará uma fala no dia da inauguração da exposição.

Segundo Sandra O., artista que participa da exposição, fomos levados culturalmente a construir um olhar inconsciente de temor com as nossas próprias entranhas. “Azul acalma, vermelho inflama é a visão do senso comum. Enquanto o azul (céu e mar), o verde das matas e o amarelo do sol são cores em harmonia com nosso cotidiano e exaltadas por conceitos de beleza, as cores vermelhas, púrpuras, escarlates, são mais raras e ocultas, ligadas ao nosso contato doloroso, por exemplo, com o sangue, seja no nascimento ou nas guerras ou no próprio amor que, poeticamente, arde em labaredas.”

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