O 4º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em parceria com o Ministério das Mulheres, foi apresentado na última segunda-feira (3/11) no auditório do MTE. O estudo analisou 19.423.144 vínculos trabalhistas, sendo 30% de mulheres e 70% de homens, com base nas informações prestadas na RAIS.
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O levantamento aponta que as mulheres recebem, em média, 21,2% a menos que os homens, o equivalente a R$1.049,67 a menos, considerando o salário médio nas 54.041 empresas com 100 ou mais funcionários. A remuneração média das mulheres é de R$3.908,76, enquanto a dos homens é de R$4.958,43. Em Poços de Caldas as mulheres recebem 29% menos que os homens, valor maior que a média nacional.
O estudo analisou 19.423.144 vínculos trabalhistas (41,1% mulheres e 58,9% homens) com base nas informações da RAIS, do 2º semestre de 2024 ao 1º semestre de 2025. A remuneração média das mulheres é de R$3.908,76, enquanto a dos homens é de R$4.958,43.
Entre 2023 e 2025, a proporção de mulheres ocupadas aumentou de 40% para 41,1%, elevando o número de empregadas de 7,2 milhões para 8 milhões. Apesar do aumento, se a massa de rendimentos acompanhasse a participação feminina no mercado, seriam adicionados R$92,7 bilhões à economia.
Dados do IBGE e da PNAD Contínua mostram que, entre o segundo trimestre de 2016 e o segundo trimestre de 2025, as mulheres ocupadas passaram de 37,9 milhões para 44,6 milhões, enquanto os homens passaram de 51,9 milhões para 57,7 milhões.
Os principais motivos apontados pelas empresas para a diferença salarial são tempo de experiência na empresa (78,7%), metas de produção (64,9%) e plano de cargos e salários ou carreira (56,4%).
O relatório indica que aumentou em 21,1% o número de estabelecimentos com pelo menos 10% de mulheres negras, passando de 29 mil para 35 mil. No mesmo período, subiu em 6,4% o número de estabelecimentos com diferença salarial de até 5% entre homens e mulheres, de 16,7 mil para 17,8 mil.
Ainda assim, as diferenças salariais entre mulheres negras e homens não negros permanecem elevadas. A diferença nos salários medianos de admissão é de 33,5% (R$ 1.836,00 para mulheres negras e R$ 2.764,30 para homens não negros), enquanto o rendimento médio chega a 53,3% (R$ 2.986,50 para mulheres negras e R$ 6.391,94 para homens não negros).
Os estados com maior diferença salarial média são Paraná (28,5%) e Rio de Janeiro (28,5%), seguidos por Santa Catarina (27,9%), Mato Grosso (27,9%) e Espírito Santo (26,9%). Os menores índices estão em Piauí (7,2%), Amapá (8,9%), Acre (9,1%), Distrito Federal (9,3%), Ceará (9,9%) e Pernambuco (10,4%).







