A Academia Mineira de Medicina (AMM), Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (SINMED-MG) saíram em defesa da médica de Poços de Caldas que foi exposta nas redes sociais.
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O caso aconteceu na madrugada do dia 11 de junho, no PAI (Pronto Atendimento Infantil) na zona sul da cidade. Uma médica estava dentro do consultório, quando um cidadão entrou no espaço, gravou um vídeo e depois postou no Facebook expondo a imagem da médica, alegando que ela estaria dormindo no horário de trabalho.
As entidades repudiaram publicamente o caso e toda forma de assédio, constrangimento ou violência — física ou moral — contra profissionais da saúde, especialmente durante o exercício da atividade médica.
Segundo nota divulgada pelas instituições, o episódio reflete um problema crescente e recorrente em unidades públicas de saúde, agravado pelo uso dessas situações para autopromoção ou espetáculo midiático, o que, além de colocar em risco médicos e pacientes, desrespeita a legislação e não contribui para soluções reais na área.
As instituições reforçaram que estão atuando de forma conjunta em defesa da valorização da prática médica com ética, qualidade e segurança para os pacientes, além da fiscalização das condições de trabalho e do apoio jurídico necessário para o correto encaminhamento das denúncias.
A nota de repúdio completa pode ser conferida clicando aqui.
O que diz o cidadão:
Em uma transmissão ao vivo, do lado de fora do hospital que foi – e ainda permanece – publicada nas redes sociais, o cidadão que entrou no consultório da médica alegou que havia ido levar sua filha, que estava com muitas dores para atendimento no PAI. Ele conta que tudo após a garota passar pela recepção e pela triagem havia chegado o momento da menina passar pela médica, neste momento ele relata que foi alertado por uma funcionária de que deveria ‘bater insistentemente’ na porta do consultório, pois a médica estaria dormindo e seria ‘difícil de acordar’. Neste momento ele relata que decidiu gravar toda a situação e conta que flagrou a médica dormindo em horário de trabalho em um colchonete com aquecedor dentro do consultório.
Ainda na transmissão, o cidadão diz que ficou indignado com a situação e por isso decidiu registrar e postar o ocorrido.